Daerp promete tapar 580 buracos nos próximos 30 dias

04/02/2017 15:53:00

Trabalhos devem começar até quinta-feira (9); custo será de R$ 2,3 milhões

O corretor de imóveis Maurício Campaci, 56, diz que o reparo do vazamento demorou cerca de uma semana após ele ligar para o Daerp. Sem asfalto, o vazamento cedeu com o excesso de chuva e mais de dez carros já tiveram danos no último mês (Foto: Weber Sian / A Cidade)

 

O Daerp (Departamento de Água e Esgoto de Ribeirão Preto) promete fazer a reposição asfáltica de 580 buracos resultantes de reparos em vazamento nos próximos 30 dias.

A contratação emergencial da empresa que assumiu o serviço – Esal Empreendimentos e Soluções Ambientais – já está em fase final e os trabalhos devem começar até quinta-feira, ao custo de R$ 2,3 milhões por quatro meses.

Moradores já não aguentam mais tanta lama e a demora no conserto das vias. A secretária Maria Luiz Thumlert diz que a espera pelo fechamento de um buraco feito pelo Daerp na frente de sua casa há dois meses. “E ainda não vieram fechar o buraco. Quando chove fica aquele barro todo na porta de casa”, reclama.

O vazamento reparado pela metade, com uma dimensão de aproximadamente 16 metros quadrados, fica na esquina da rua Luiz Lucif esquina com a Major Avelino Palma, na Ribeirânia (zona Leste).

Desde 22 de dezembro, quando a administração anterior rescindiu o contrato com Mattaraia, mas não contratou outra empresa, não houve qualquer reposição asfáltica em reparos de vazamentos.

Desistência

Em 24 de janeiro, o Daerp assinou contrato emergencial com a Menegas Terraplenagem, no valor de R$ 1,7 milhão, pelo período de quatro meses.

Menos de uma semana depois, a autarquia foi pega de surpresa com a desistência da empresa. A segunda colocada também desistiu e a terceira havia apresentado orçamento bem acima de R$ 2 milhões, considerado inviável.

O mestre de obras Ricardo Alexandre Flauzino, 40, relembra que a rede de água foi reparada há 25 dias, mas desde então o asfalto não foi reposto. O maior problema, diz, nem é o barro, é o risco de acidentes. 'Um motoqueiro quase caiu esses dias' (Foto: Weber Sian / A Cidade)

 

Na rua de só uma quadra, dois vazamentos

A rua Egydio Trez, na Lagoinha (zona Leste), tem só um quarteirão. Mas em pouco mais de 100 metros de extensão, dois vazamentos – gigantes – reparados pela metade pelo Daerp geram transtornos a motoristas e moradores.

O primeiro apareceu há quase dois meses e ocupa dois terços da via. O segundo, mais recente, incomoda há um mês e já tem 5 metros de extensão. “Já vi mais de dez carros que tiveram danos após caírem no buraco”, diz o corretor de imóveis Maurício Campaci, 56.

Na esquina da rua Major Carvalho com a rua Patrocínio, nos Campos Elíseos (zona Norte), um conserto de rede de água há 25 dias ainda está com terra e nada de asfalto. “Aqui está um barreiro só”, reclama o mestre de obras Ricardo Flauzino, 40 anos.

A Cidade fez a medição e constatou que o buraco na rua Luiz Lucif, na Ribeirânia, tem aproximadamente 16 metros quadrados de área. O buraco toma a esquina da via com a rua Major Avelino Palma, na Ribeirânia, há 2 meses (Foto: Weber Sian / A Cidade)

 

Fluxo determina ação

O Daerp explicou que a empresa vai começar atendendo uma lista de endereços prioritários, como avenidas e ruas de maior movimento. Ao todo, a Esal estará trabalhando com 13 equipes, com a realização de 15 a 20 reparos ao dia.

“A empresa deverá fazer uma força-tarefa para zerar a demanda em 30 dias, paralelamente aos trabalhos novos de reposição asfáltica que surgirem. Quando chove de maneira mais intensa, não é possível realizar o trabalho de colocação de massa asfáltica”, conclui a autarquia.



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