Trabalhos devem começar até quinta-feira (9); custo será de R$ 2,3 milhões
O Daerp (Departamento de Água e Esgoto de Ribeirão Preto) promete fazer a reposição asfáltica de 580 buracos resultantes de reparos em vazamento nos próximos 30 dias.
A contratação emergencial da empresa que assumiu o serviço – Esal Empreendimentos e Soluções Ambientais – já está em fase final e os trabalhos devem começar até quinta-feira, ao custo de R$ 2,3 milhões por quatro meses.
Moradores já não aguentam mais tanta lama e a demora no conserto das vias. A secretária Maria Luiz Thumlert diz que a espera pelo fechamento de um buraco feito pelo Daerp na frente de sua casa há dois meses. “E ainda não vieram fechar o buraco. Quando chove fica aquele barro todo na porta de casa”, reclama.
O vazamento reparado pela metade, com uma dimensão de aproximadamente 16 metros quadrados, fica na esquina da rua Luiz Lucif esquina com a Major Avelino Palma, na Ribeirânia (zona Leste).
Desde 22 de dezembro, quando a administração anterior rescindiu o contrato com Mattaraia, mas não contratou outra empresa, não houve qualquer reposição asfáltica em reparos de vazamentos.
Desistência
Em 24 de janeiro, o Daerp assinou contrato emergencial com a Menegas Terraplenagem, no valor de R$ 1,7 milhão, pelo período de quatro meses.
Menos de uma semana depois, a autarquia foi pega de surpresa com a desistência da empresa. A segunda colocada também desistiu e a terceira havia apresentado orçamento bem acima de R$ 2 milhões, considerado inviável.
Na rua de só uma quadra, dois vazamentos
A rua Egydio Trez, na Lagoinha (zona Leste), tem só um quarteirão. Mas em pouco mais de 100 metros de extensão, dois vazamentos – gigantes – reparados pela metade pelo Daerp geram transtornos a motoristas e moradores.
O primeiro apareceu há quase dois meses e ocupa dois terços da via. O segundo, mais recente, incomoda há um mês e já tem 5 metros de extensão. “Já vi mais de dez carros que tiveram danos após caírem no buraco”, diz o corretor de imóveis Maurício Campaci, 56.
Na esquina da rua Major Carvalho com a rua Patrocínio, nos Campos Elíseos (zona Norte), um conserto de rede de água há 25 dias ainda está com terra e nada de asfalto. “Aqui está um barreiro só”, reclama o mestre de obras Ricardo Flauzino, 40 anos.
Fluxo determina ação
O Daerp explicou que a empresa vai começar atendendo uma lista de endereços prioritários, como avenidas e ruas de maior movimento. Ao todo, a Esal estará trabalhando com 13 equipes, com a realização de 15 a 20 reparos ao dia.
“A empresa deverá fazer uma força-tarefa para zerar a demanda em 30 dias, paralelamente aos trabalhos novos de reposição asfáltica que surgirem. Quando chove de maneira mais intensa, não é possível realizar o trabalho de colocação de massa asfáltica”, conclui a autarquia.