Marco Antônio chega com mãos e pés algemados para audiência

O ex-homem forte do governo Darcy Vera, Marco Antonio dos Santos, alegou na manhã desta quinta-feira (16) em depoimento à Justiça que os R$ 40 mil em dinheiro vivo apreendidos no abrigo de máquinas de piscina de sua casa foram escondidos por sua mulher, mas que eram de origem lícita.

Quando a Sevandija foi deflagrada, em 1 de setembro de 2016, a quantia foi achada pela Polícia Federal escondida ao lado da piscina, dentro de uma caixa enrolada em uma camiseta.

Segundo Marco, a quantia é de uma herança que a mulher recebeu de uma tia falecida em fevereiro daquele ano.

O montante não foi depositado no banco, de acordo com sua versão, porque temia que sua conta fosse bloqueado em razão de ações trabalhistas que ele respondia por ter sido proprietário de uma empresa de vigilância na década de 1990.

Marco afirmou que a mulher ficou nervosa, no dia da deflagração da Sevandija, ao ver os agentes da polícia federal em sua casa, e que ela decidiu esconder os R$ 40 mil por temer que eles fossem confundidos com algo irregular.

Em delação premiada, o ex-diretor técnico do Daerp, Luiz Mantilla, afirmou que no dia anterior ao da deflagração da Sevandija entregou R$ 30 mil em propina nas mãos de Marco dentro do Daerp.

O depoimento de hoje de Marco está relacionado ao processo dos apadrinhamentos e fraudes na Coderp e Atmosphera. Ele negou irregularidades e que houvesse compra de apoio político dos vereadores em troca de cargos terceirizados.

Disse, também, que os cargos eram preenchidos de forma técnica. Assumiu, porém, que as listas com controle de apadrinhados apreendidas pela Sevandija "brotavam" por toda a prefeitura.

Ele voltará a depor às 14h. ACidade On acompanha.

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