Ministério Público acumula duas ações e dois inquéritos

15/10/2017 11:02:00

Ações e inquéritos são movidos pelas promotorias de Meio Ambiente e da Cidadania

Weber Sian / A Cidade

 

O contrato de concessão do transporte coletivo urbano de Ribeirão Preto enfrenta, atualmente, duas ações civis públicas e dois inquéritos, movidos pelas promotorias de Meio Ambiente e da Cidadania.

Os motivos são os mais variados. O Consórcio PróUrbano e a Prefeitura de Ribeirão Preto são questionados em relação ao descumprimento de cláusulas do contrato de concessão, pelo reajuste da tarifa feito no final de julho (subiu de R$ 3,80 para R$ 3,95), por estações de bairro com custos milionários e pela Estação Catedral, construída em desacordo com o projeto aprovado.

Acompanhando

Para o vereador Marcos Papa (Rede), que preside CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investiga a concessão, muitas coisas ainda não foram explicadas. “O PróUrbano explora a publicidade nos pontos de ônibus sem bônus nenhum para o município. Isso precisa ser revisto com urgência”, disse Papa.

O ex-vereador Ricardo Silva (PDT), autor de representação que virou inquérito, defende que seja realizado um pente-fino nas obras das estações de bairro. “As estações ficaram muito mais caras que o previsto. É preciso ver o que aconteceu”, afirmou. Como A Cidade mostrou, as estações de bairro tinham custo estimado de R$ 171 mil, mas todas acabaram custando mais de R$ 1 milhão.

O presidente da Câmara, Rodrigo Simões (PDT), que acompanha de perto a situação da Estação Catedral, defende uma solução rápida para o caso. A obra foi finalizada em dezembro de 2016, mas foi realizada em desacordo com o projeto aprovado - a Praça das Bandeiras, onde está a Estação, é tombada e, por isso, qualquer intervenção depende de autorização prévia.

Bem mais barato no Paraná

Em Curitiba, capital do Paraná, a prefeitura utiliza as chamadas Estações-Tubo. De acordo com a assessoria do Executivo, cada estação custa em torno de R$ 100 mil.

Outro lado
Solução para Estação Catedral até novembro

Por meio de nota, a Prefeitura de Ribeirão Preto informou que “o Ministério Público agendou reunião para daqui um mês e meio” para tratar da Estação Catedral. A prefeitura ainda prometeu dar uma solução para o caso até o início de novembro.

A reportagem também questionou a prefeitura sobre a exploração da publicidade nos pontos de ônibus e sobre os valores das estações de bairros, mas os questionamentos não foram respondidos.

A coluna também questionou o Consórcio PróUrbano, na quarta-feira (11), mas a assessoria informou que os diretores estavam viajando.

Em questionamentos anteriores, o Consórcio já havia dito que tem autorização da prefeitura para explorar a publicidade e que as estações de bairro ficaram mais caras porque a prefeitura alterou o projeto.

 

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