Integração metropolitana em Ribeirão Preto

09/04/2017 16:58:00

Entre as ações previstas está a implementação de usina de tratamento de lixo para atender os municípios

Renato Lopes / Especial
Plano de Metas foi debatido em audiência pública na última sexta-feira (7) (foto: Renato Lopes / Especial)

 

A Região Metropolitana de Ribeirão Preto tem papel de destaque no Plano de Metas da prefeitura. Entre as ações previstas está a implementação de usina de tratamento de lixo para atender os municípios do entorno.

Sua viabilização não será, necessariamente, estatal. O Secretário de Planejamento de Ribeirão, Ruy Salgado, diz que ela pode ser viabilizada mediante PPP (Parceria Público Privado) ou, principalmente, incentivos à iniciativa privada.

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“Temos que pensar na relação ganha-ganha, em que todos são beneficiados”, explica. Apenas os dois maiores municípios entre os 34 da região metropolitana, Ribeirão e Sertãozinho, despejaram juntos, em 2015, 252 mil toneladas de lixo no aterro privado de Guatapará, administrado pela Estre, segundo dados do SNIS (Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento).

Apenas com transporte de lixo até o aterros os municípios gastaram, juntos, cerca de R$ 25 milhões - em média R$ 100 por tonelada.“A partir de agora não podemos mais pensar apenas em ações locais, centradas em um único município, mas soluções regionais. Temos que planejar metropolitamente”, diz Salgado.

Turismo

O Plano de Metas prevê, também, o incentivo à “integração das festas e grandes eventos regionais com outros produtos turísticos e culturais da região”. A meta é integrar, também, as secretarias de turismo e cultura para realizar ações conjuntas em Ribeirão Preto. 

Análise - 'Faltou diagnóstico'

Em um ciclo de planejamento, a realização de um eficiente diagnóstico precede os planos de ação e, posteriormente, controle. Esse ciclo só funciona se tudo estiver adequado. No Plano de Metas apresentado pela prefeitura há uma grande dificuldade de apresentar diagóstico, ou seja, há um conjunto de ações que não estão estruturadas em indicadores e dados da leitura atual. É muito difícil estabelecer onde você quer chegar sem saber de onde está partindo. Acredito que os responsáveis por este planejamento devem ter encontrado dificuldades em obter dados deixados pela gestão passada, mas em áreas como a Saúde, por exemplo, as informações são disponibilizadas pelo Governo Federal. É um começo com problemas, que pode fazer do documento apenas um cumprimento à exigência formal. Há, porém, um lado virtuoso, por ser a primeira vez que um Plano de Metas é apresentado ao município, abrindo o diálogo com a sociedade. João Passador, Professor da USP e especialista em gestão pública.

 



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