Nicanor Lopes (à esquerda) e Manoel Gonçalves (direita) foram ouvidos ontem na Câmara (foto: Matheus Urenha / A Cidade)

Convocados a prestar esclarecimentos à Câmara sobre a folha salarial dos servidores, os secretários de Governo, Nicanor Lopes, e da Fazenda, Manoel Gonçalves, disseram que, enquanto a situação econômica da prefeitura não melhorar, o pagamento continuará sendo feito por prazo indeterminado até o dia o quinto dia útil do mês seguinte ao trabalhado.

Ao A Cidade, Manoel afirmou que a volta do pagamento antecipado no dia 30 do mês trabalhado só ocorrerá em 2018. “A partir de junho deste ano, prevemos um déficit mensal consecutivo da prefeitura em decorrência da queda na arrecadação”, afirmou Gonçalves.

Aos vereadores, Nicanor disse que a prefeitura hoje está “de joelhos”, e só poderá pagar o funcionalismo dia 30 quando “voltar a ficar de pé”.

Gonçalves explicou que as principais receitas da prefeitura, como o ICMS e Fundo de Participação dos Municípios (FPM), são computadas entre a última e primeira semana do mês.

“Por isso tivemos que mudar para o quinto dia útil, para ter estabilidade no pagamento. Não é para prejudicar o servidor”, disse o secretário da Fazenda.

Nicanor elogiou os servidores municipais, mas também os alfinetou. “A população, que paga nosso salário (dos políticos) e do funcionalismo público recebe no quinto dia útil”.

Em nota, o sindicato dos servidores diz que as declarações dos secretários foram recebidas com “indignação, mas sem surpresas” e que o Palácio Rio Branco quebrou um pacto e impôs sacrificio ao funcionalismo “sem necessidade”.