Ordem de serviço para a duplicação da avenida Mugnato Marincek foi assinada nesta terça-feira (21); inicío das obras é imediato (Foto: Matheus Urenha / A Cidade)

Com o objetivo de desafogar pontos críticos no trânsito de Ribeirão Preto, a prefeitura enviou à Secretaria de Transportes do Estado e a Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo) a reivindicação de 28 obras em viadutos e alças de acesso à rodovias de responsabilidade do Estado.

A relação e o mapa dos dispositivos foram elaborados pela Secretaria de Planejamento e enviados aos dois órgãos em meados de março - duas semanas antes de o deputado federal Duarte Nogueira (PSDB) deixar a secretaria para reassumir seu mandato na Câmara dos Deputados.

Apesar de o secretário de Planejamento, Fernando Piccolo, enfatizar que as 28 obras são de extrema importância para o município, o primeiro da lista é o viaduto de acesso à avenida Antônia Mugnatto Marincek, no Complexo Ribeirão Verde - cuja obra de duplicação foi autorizada na última segunda-feira pela prefeita Dárcy Vera (PSD).

No ofício, Piccolo também ressalta que as obras “são de fundamental importância para a mobilidade, segurança e a qualidade de vida dos moradores e visitantes de Ribeirão Preto”.

Por isso, o secretário afirma que o município vai “brigar até o fim” para a realização das intervenções. “São passagens estreitas que estão atravancando o desenvolvimento de Ribeirão Preto para fora das rodovias e dos anéis viários.”

Custos

De acordo com o secretário de Obras, Abranche Fuad Abdo, só o dispositivo de acesso ao Complexo Ribeirão Verde deve custar mais de R$ 15 milhões aos cofres do Estado. Já o dispositivo de acesso a avenida Braz Olaia Acosta pode chegar a R$ 30 milhões.

“Em alguns pontos a situação já é bastante crítica e tende a piorar com o passar dos anos com o crescimento da cidade e da população”, frisou Abranche.

Estado

A Secretria de Transportes do Estado não se manifestou sobre o pedido de Dárcy. Informou apenas que quem deveria responder sobre as obras solicitadas pela Prefeitura de Ribeirão é a Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo).

Procurada, a Artesp também não deu qualquer retorno à reportagem até o fechamento desta edição, às 22h de desta terça-feira (21).

Artesp afirma que audiências foram divulgadas

A Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo), mais uma vez, não respondeu ao questionamento da reportagem.

Porém, em resposta ao ofício da Prefeitura de Ribeirão Preto, datada do mês passado, o órgão disse que as novas concessões de rodovias estaduais foram debatidas em oito audiências públicas - amplamente divulgadas - realizadas, no início deste ano, em cinco cidades do Estado.

“Cabe esclarecer que os detalhes apresentados em audiências públicas estão em fase de refinamento dos estudos, e as decisões do governador, como o cancelamento do lote B, estão sendo devidamente consideradas pelas equipes técnicas, especialmente da Secretaria de Logística e Transportes”, argumentou Maurity Oliveira Filho.

Ainda de acordo com o representante da Artesp, antes da publicação do edital haverá uma consulta pública. “Neste período, qualquer interessado poderá enviar suas contribuições, que serão devidamente avaliadas pelo corpo técnico”, acrescentou.

Marincek é a principal prioridade

O viaduto de acesso ao Complexo Ribeirão Verde é o número um na lista de pedidos de obras que a Prefeitura de Ribeirão Preto fez ao Governo do Estado.

Na última segunda-feira, a prefeita Dárcy Vera (PSD) assinou a ordem de serviço autorizando o início da duplicação da avenida Antônia Mugnatto Marincek, na zona Leste.

A obra deve custar R$ 25 milhões e será bancada com recursos financiados pelo município junto ao PAC (Programa de Aceleração de Crescimento) da Mobilidade. A duplicação será realizada pela empresa Prime Infraestrutura.

Na cerimônia de assinatura, a prefeita disse que a população deve se unir para pedir ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) “que faça a parte que lhe cabe”.

Como a novela do PAC se arrastou por três anos, Dárcy pretende inaugurar um trecho da duplicação - a primeira obra de mobilidade viabilizada - em meados de dezembro, às vésperas de deixar o governo.