Denúncia é de que empresas do transporte intermunicipal não receberam; governo fala em caso esporádico
O Sindicato dos Servidores acusa o governo da prefeita Dárcy Vera (PSD) de dar calote nas empresas de transporte público que oferecem vale-transporte intermunicipal a cerca de 200 funcionários.
O sindicato ainda denuncia que os servidores estão tendo que custear a passagem para virem ao município trabalhar e que, mesmo sem repassar a parte patronal, a prefeitura continua descontando a porcentagem referente ao transporte nos holerites.
A prefeitura não confessa o suposto calote, entretanto, afirma que “quando, esporadicamente, ocorre o desencontro entre a emissão da requisição e o efetivo desembolso às empresas de transporte, o servidor faz o pedido de reembolso e é ressarcido das despesas”.
Ainda segundo a nota do sindicato, os atrasos são recorrentes nos últimos meses. Desta vez, os servidores estariam sem o vale-transporte há sete dias.
Para o presidente do Sindicato, Wagner Rodrigues, cobrar do servidor algo que ele não está recebendo é “crime”. “Vamos buscar medidas jurídicas se necessário para resolver o problema pra ontem”, diz.
O entendimento de Wagner é compartilhado por oposicionistas e até aliados do governo Dárcy. “É uma denúncia gravíssima que pode configurar até crime de responsabilidade. A bancada do PSDB vai apurar”, frisou o vereador oposicionista Maurício Gasparini, acrescentando que “a prefeitura não honra seus compromissos e que a situação é assustadora”.
Para o vereador governista Capela Novas (PPS), caso não haja desencontro de informação ou justificativa plausível, como ajuste de valores, o governo tem que ser responsabilizado. “Temos que apurar, acho que o governo não seria tão leviano. Se o desconto estiver estampado no holerite e o governo não estiver repassando é delito”.
Administração fala em ressarcimento
Questionada sobre a denúncia de calote feita pelo Sindicato dos Servidores Municipais, a Prefeitura de Ribeirão Preto se esquivou afirmando apenas que “quando, esporadicamente, ocorre o desencontro entre a emissão da requisição e o efetivo desembolso às empresas de transporte, o servidor faz o pedido de reembolso e é ressarcido das despesas”.
Ainda segundo a nota da administração, “esse tipo de procedimento ocorre, eventualmente, com os servidores que trabalham em Ribeirão Preto, mas moram em cidades da região”.
A prefeitura não respondeu se ocorreu o problema de repasse às empresas de transporte intermunicipal, quando o problema será normalizado, ou se o valor está sendo descontado dos servidores e nem quantos recebem o benefício.