A Câmara de Ribeirão Preto deu aval para o Executivo Municipal comprar o antigo prédio da Caixa Econômica Federal, na região central da cidade, por R$ 4 milhões. A reforma do espaço vai custar outros R$ 4 milhões. 

A proposta foi aprovada com folga durante a sessão de ontem, já que obteve 19 votos favoráveis e seis contrários. O principal argumento dos parlamentares contrários foi que a compra era desnecessária, já que o governo já anunciou que pretende construir um centro administrativo de R$ 60 milhões.  

"Me assusta a pressa em aprovar a compra desse prédio, que será feita com dinheiro do cidadão", disse o vereador Orlando Pesoti (PDT). "Por que não esperar dois anos e ir direto para o Centro Administrativo", acrescentou Alessandro Maraca (MDB).  

"Na região central não há outro prédio com essas características. É um bom negócio e a Prefeitura não está usando dinheiro (pretende pagar abatendo valores da dívida que a Caixa tem com o município)", rebateu Elizeu Rocha (PP).  

"Não é dinheiro jogado fora. É tempo oportuno para a Prefeitura de Ribeirão Preto ter uma nova sede. Depois, com o Centro Administrativo, o local pode virar um Poupatempo empresarial", defendeu Gláucia Berenice (PSDB).  

Restauração do palácio  

Após viabilizar a mudança da sede da prefeitura, o Executivo assumiu o compromisso de buscar recursos no Governo Federal para restaurar o centenário Palácio Rio Branco.   

O serviço está orçado em R$ 6,6 milhões e a previsão inicial do prefeito Duarte Nogueira (PSDB) era que a obra começaria em janeiro de 2018. Atualmente não há mais prazo, mas o projeto básico da restauração está em fase de elaboração. 

Centro administrativo  

Como A Cidade antecipou em maio, a Prefeitura de Ribeirão Preto decidiu investir, com recursos próprios, na construção de um Centro Administrativo de 30 mil m².   

A meta é englobar 2,2 mil servidores de 28 órgãos municipais. A estimativa inicial é que o imóvel custe entre R$ 45 milhões e R$ 60 milhões. E a Prefeitura pretende bancar esse valor por meio da venda de áreas públicas.