Aparelho em fase de testes, que afere indicadores de saúde sem colher sangue, foi usado com sucesso em atletas do esporte amador
Não foi preciso perfurar qualquer parte do corpo a fim de colher sangue para que Gustavo Ferrari, 28 anos, checasse sua saúde. Em menos de dois minutos um aparelho de aproximadamente 6 cm deu o resultado de 14 tipos diferentes de exames, entre eles saturação de oxigênio, frequência cardíaca e hemoglobina. O que foi bom, pois não assustou alguns rapazes que, embora grandes e fortes, têm medo de agulha.
O auxiliar de produção joga futebol todos os dias e, apesar de não ter nenhum problema de saúde, preocupa-se principalmente com o coração, já que seu pai morreu aos 55 anos de infarto. Por isso, aprova as medidas preventivas que, a partir deste ano, fazem parte do futebol amador de Ribeirão Preto.
O procedimento é simples: através da superfície da pele do dedo anelar, o aparelho de tecnologia israelense, que deve ser manuseado por um operador treinado, afere a pressão arterial e mais outros 13 tipos de indicadores de saúde. Quem chega com a mão mais fria do que a temperatura basal no corpo - por volta de 36 graus - aquece a mão em uma manta térmica e fica apto a realizar as aferições. Sem necessidade de jejum ou qualquer outra preparação.
O aparelho, que ainda está em fase de testes na cidade, agradou João Batista, técnico em manutenção, 30 anos. Ela joga pelo Quintinense - equipe de futebol amador da zona Norte de Ribeirão Preto - há um ano e pela primeira vez realizou exames preventivos. “Eu fico muito assustado com a morte de atletas em campo e estou aproveitando a oportunidade para me certificar a respeito da minha condição física. É importante saber se estou apto para as atividades”, disse.
O relatório obtido após os exames ficou disponível para o médico de cada clube.
A iniciativa surgiu após o Secretário Municipal de Saúde, Ricardo Aguiar, exigir dos atletas exames médicos que atestem a capacidade de praticarem atividades físicas. Com isso, entre sexta (18) e sábado (19), 170 atletas amadores realizaram o procedimento gratuitamente. (Marina Marzola, com supervisão de Thiago Roque)
Mais Conteúdo
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE