Polícia indicia suspeito de assassinato em usina de Pradópolis

20/11/2014 19:36:00

Preso temporariamente, Carlos Alberto Prata se mantém calado durante interrogatório; armas do crime teriam sido jogadas em rio

Eliel Almeida / A Cidade
Pratinha foi levado para interrogatório na DIG de Sertãozinho, mas preferiu ficar calado (Foto: Eliel Almeida / A Cidade)

A Polícia Civil indiciou nesta quinta-feira (20) Carlos Alberto Prata, conhecido como Pratinha, acusado pela morte do ex-chefe Dirceu Ramos Júnior. O crime ocorreu dentro da Usina São Martinho, em Pradópolis, no último dia 6.

Pratinha foi indiciado por tentativa de homicídio e homicídio duplamente qualificado. Ele compareceu nesta quinta à DIG (Delegacia de Investigação Gerais) de Sertãozinho para ser interrogado, porém não se manifestou.

“Ele ficou calado, disse que vai se manifestar em juízo. Mas está indiciado”, afirmou o delegado responsável pelo caso, Targino Osório.

A defesa de Pratinha alega que é cedo para ele falar sobre o crime. “O inquérito policial ainda está sendo elaborado, eu não tive acesso à prova oral e pericial. É muito prematuro ele dizer qualquer coisa sem estar preparado para isso”, disse Roberto Luiz Carósio, advogado de Pratinha.

O suspeito se entregou à polícia no último dia 13, um dia depois da prisão temporária ter sido decretada pela Justiça. O delegado Targino diz que o próximo passo é pedir a prisão preventiva, já que a temporária termina no dia 17 de dezembro.

“Ele segue preso em Jaboticabal. A intenção é concluir o inquérito e representar pela prisão preventiva”, disse.

Sem armas

De acordo com o delegado, em conversa informal, Pratinha voltou a afirmar que as armas foram jogadas no rio Mogi e que elas seriam de um irmão.

“Ele nos disse que jogou a pistola automática no rio Mogi, em Pitangueiras, e o revólver no mesmo rio, mas em Guatapará. Contou, também, que encontrou as armas nas coisas do irmão que faleceu”, disse Targino.

Susto

O delegado afirmou nesta quinta que, em conversa informal, Pratinha teria dito que queria apenas dar um susto no ex-chefe.

“Ele relatou que foi armado mas só para dar um susto no Dirceu, que estaria impedindo ele de voltar a trabalhar na usina através de uma empresa terceirizada”, explicou Targino.

O delegado também revelou como ocorreu o crime. “Segundo as testemunhas, Prata entrou no RH e ameaçou Dirceu dizendo: 'Não falei que eu vim aqui para te matar.' Depois, ordenou que Dirceu saísse da mesa e avisou que mataria ele lá fora. Como a vítima tentou fugir por um corredor, foi atingida por três tiros”, disse Targino.

Para o advogado de defesa, o suspeito diz não se lembrar do ocorrido. “Ele simplesmente disse que teve uma crise psicótica e que não se lembra de nada”, afirmou Carósio.



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