O comerciante Leandro Henrique Batista, de 35 anos, foi encontrado morto a tiros nesta sexta-feira (16) em uma casa para alugar na rua Orlando Ziotti, no Parque Ribeirão, zona Oeste de Ribeirão Preto. Há a suspeita de que o homem, que era dono do imóvel, tenha sido vítima de uma emboscada armada na noite anterior. 

A hipótese foi levantada depois que a Polícia Civil soube de uma ligação recebida pela vítima  na noite de quinta-feira (15), feita por um possível interessado em alugar a casa. O autor do telefonema ainda não foi identificado, mas a principal suspeita é que ambos tenham marcaram de se encontrar às 9h no local. 

Homicídio ou Latrocínio?  

A aposentada Maria do Carmo dos Santos, 69, mora no entorno há 10 anos e conhecia a vítima desde a adolescência dele. Foi ela que encontrou o corpo em um dos quartos, próximo às 12h.    

"O Léo chegou cedo e entrou na casa. Não vi mais movimentação. Depois, escutei um barulho forte, mas, como estou com pedreiros em casa, achei que uma escada tinha caído. Só fui perceber que algo estava errado quando saí na calçada e vi o portão basculante aberto", explica. 

Ao entrar no primeiro quarto da residência, ela encontrou o corpo de Leandro já sem vida e coberto por sangue. "Saí correndo e pedi ajuda aos outros vizinhos, que chamaram a polícia. Na hora, nem consegui acreditar, porque ele ainda era uma pessoa muito querida no bairro", completa Maria do Carmo. 

A esposa do comerciante, Ana Cláudia Batista, 35, também esteve no local. Muito abalada, ela preferiu não dar entrevistas. Disse apenas que "ainda não conseguiu entender o que aconteceu".   Leandro morava em Dumont com a família. 

PM e peritos do Instituto Criminalística estiveram no local e não encontraram sinais de arrombamento ou briga. O carro e pertences pessoais da vítima não foram levados. Contudo, a possibilidade de latrocínio,  roubo seguido de morte, como causa do crime não foi descartada, já que Leandro costumava andar com o dinheiro da loja. 

Procurado pela reportagem, o delegado Cláudio Salles, responsável pelo setor de homicídios da DIG (Delegacia de Investigações Gerais), não atendeu as ligações. ACidade ON acompanha o caso.