Guilherme Longo volta escoltado ao Brasil e já está preso em Tremembé

20/01/2018 11:14:00

A extradição da Espanha foi concluída na manhã deste sábado (20), após quase 8 meses de prisão na Europa

Divulgação
Guilherme volta ao Brasil (Foto: Divulgação)

 

NOTÍCIA ATUALIZADA ÀS 11H48

Acusado de ter matado o enteado Joaquim Ponte Marques, de 3 anos, em 2013, Guilherme Longo chegou ao Brasil, às 6h10 deste sábado (20), após quase 8 meses de prisão na Espanha. Ele havia fugido do País após confessar em uma entrevista à Record TV o método usado no crime.

A primeira imagem flagrada foi no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Guilherme chegou escoltado e algemado, com um capuz cobrindo parte da cabeça. Depois, foi encaminhado por policiais federais à Penitenciária 2 de Tremembé, onde deve aguardar o julgamento. O prazo ainda não foi definido pela Justiça.

A SAP (Secretaria de Administração Penitenciária) não divulgou detalhes sobre a extradição do acusado. Por meio de nota, confirmou a entrada do preso às 8h30 na penitenciária.  "Ele deverá ficar isolado em Regime de Observação pelos próximos 10 dias. Nesse período, só poderá receber visitas de seu advogado. Após esse período deverá ser incluso no convívio com o restante da população prisional da unidade", escreveu, via assessoria de imprensa. 

Em janeiro de 2014, ele já esteve detido no mesmo presídio, onde também estão detentos de grande repercussão, como Francisco Assis Pereira, o ‘Maníaco do Parque, e Alexandre Nardoni, condenado pela morte da filha, Isabella Nardoni, de 5 anos, em 2008.

Após um habeas corpus, concedido pelo Tribunal de Justiça (TJ) em 2016, Guilherme deixou Tremembé e passou a responder em liberdade pelos crimes de homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver, mas fugiu do País. Em maio do mesmo ano, foi descoberto em Barcelona, na Espanha, onde vivia com um passaporte falso.

Lá, o acusado ficou preso por falsidade ideológica, enquanto aguardava o processo de extradição, concluído neste sábado (20) pelo governo brasileiro.

Relembre o caso

Joaquim Ponte Marques, 3 anos, sumiu na madrugada do dia 3 de novembro de 2013, de dentro da casa onde morava com a mãe, Natalia Ponte, e o padrasto, Guilherme Longo, no Jardim Independência, em Ribeirão Preto. O casal também tem outro filho que, na épora, era recém-nascido.

A princípio, o caso foi tratado pela polícia como desaparecimento e, dois dias depois, chocou a cidade com os pedidos de prisões temporárias para ambos. Contudo, a Justiça negou a solicitação.

Com o auxílio de cães farejadores, Corpo de Bombeiros e Polícia Militar também iniciaram as buscas em um córrego. Mas foi no dia 10 que o corpo de Joaquim foi encontrado boiando no Rio Pardo, em Barretos, pelo dono de uma propriedade rural daquela região.


 

 



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