Gabriela sumiu após sair para a escola no dia 17 de março; caso antes tratado como desaparecimento foi requalificado para homicídio (foto: F.L. Piton / A Cidade)

Investigações apontam que Gabriela Aparecida da Silva, 12, pode ter sido assassinada a pedradas. No corpo da menina foram identificadas duas fraturas por objeto contundente, uma no crânio e outra na altura do maxilar. Agora, falta à Polícia Civil identificar o autor e descobrir o motivo do crime brutal.

Em 13 de abril, um dia após a ossada da garota ser encontrada em um canavial na rodovia entre Ribeirão Preto e Dumont, a polícia encontrou uma pedra com manchas de sangue. Mas ainda falta o laudo comprovando que o objeto foi, de fato, a arma do crime.

O laudo da roupa que cobria a ossada da estudante Gabriela Aparecida da Silva, 12 anos, não detectou nenhum material biológico diferente do da menina, o que leva a polícia a concluir preliminarmente que a garota não foi estuprada.

Segundo o delegado que investiga o caso, Claudio Sales Junior, ainda não é possível apontar o principal suspeito do crime.

“Não podemos descartar ninguém ainda, todas as possibilidades estão sendo verificadas”, afirmou.
A polícia aguarda agora o resultado de um exame de DNA dos cabelos de Gabriela. Esse laudo, de acordo com o delegado, poderá trazer novas informações para auxiliar na elucidação da autoria do crime.

A jovem Gabriela: exame comprova morte da garota (foto: Arquivo Pessoal)

Demora
O resultado do exame de DNA de Gabriela, que demoraria apenas 30 dias para sair, demorou mais de três meses para ser concluído. Questionada, a assessoria da Secretaria da Segurança Pública não esclareceu o motivo do atraso.

Segundo o delegado, esse resultado não teve muito valor para as investigações, pois a polícia já trabalhava com a hipótese de que a ossada encontrada em abril era de Gabriela, já que a mochila e o material escolar da garota foram encontrados ao lado dos restos mortais.

A confirmação que o corpo era, de fato, da menina também não surpreendeu a família, que já havia reconhecido os objetos perto do cadáver.

O A Cidade tentou, ontem à tarde, falar com a mãe de Gabriela, Liliane Aparecida Ramalho, mas ela não estava em casa. O tio da menina disse à reportagem que estava ocupado e não poderia falar sobre o assunto.

Corpo da menina será enterrado hoje

Os restos mortais da menina Gabriela serão enterrados hoje, às 9h, no Memorial Parque dos Girassóis, mais de quatro meses depois que a garota de 12 anos desapareceu. A menina foi vista pela última vez ao meio-dia do dia 17 de março, em frente à Escola Estadual Jardim Progresso, na rua Joaquim Peres, Jardim Marchesi (zona Oeste).

A confirmação de que o corpo encontrado em abril em meio a um canavial à beira da rodovia entre Ribeirão Preto e Dumont era de Gabriela foi anunciada pela Polícia Civil somente na última sexta-feira, após sair o resultado do exame de DNA.

“Vamos finalizar essa etapa com o enterro e colocamos agora o caso nas mãos de Deus”, desabafou a madrinha da menina, Cláudia Belga. A madrinha acrescenta que, independentemente do tempo que as investigações policiais durarem, não perderá as esperanças de que o culpado seja identificado e punido. “Mais cedo ou mais tarde o responsável deverá aparecer”, concluiu.