Delegado Luiz Geraldo Dias diz que o estelionatário aproveita da dificuldade de idosos (foto: Joyce Cury)

A Polícia Civil de Ribeirão Preto está atrás de um estelionatário que aplica golpes em idosos dentro de agências bancárias da cidade. O suspeito é descrito pelas vítimas como um homem pardo, magro, de aproximadamente 30 anos, estatura mediana e cabelos crespos.

Segundo o delegado Luiz Geraldo Dias, da Delegacia de Polícia de Proteção ao Idoso, o estelionatário entra na agência, se posiciona no local em que os caixas eletrônicos estão dispostos, finge usar uma das máquinas e ali aguarda o momento oportuno para agir.

No momento em que um idoso dá sinais de dificuldades de lidar com o caixa eletrônico, ele oferece ajuda e pergunta a senha do cartão da vítima para realizar a operação desejada.

Sem que o idoso perceba, o homem troca o cartão da vítima pelo de um terceiro e, depois, vai embora. Em seguida, de posse do cartão e da senha do idoso, o estelionatário saca todo o dinheiro da conta.
“Ele aproveita os finais de semana, porque de sábado e domingo não tem os funcionários que auxiliam as pessoas no banco”, explica o delegado.

Dez casos já foram registrados na cidade nos últimos três meses. “70% das vítimas são idosos, porque eles são mais frágeis e muitas vezes vão ao banco com a senha do cartão anotada em um papel”, comenta Dias.

O mesmo homem ainda é suspeito de aplicar outro tipo de golpe, também em idosos. Ele visita as residências das vítimas acompanhado de uma mulher, dizendo ser funcionário da prefeitura. Com uma fita métrica na mão, ele se apresenta como encarregado da fiscalização geral do município e promete isenção do IPTU após uma vistoria na casa.

Uma idosa de 81 anos foi vítima desse golpe anteontem. Ela recebeu o casal e aguardou enquanto o homem tirava algumas medidas do imóvel. Os estelionatários garantiram que ela não teria mais de pegar o imposto por ser idosa.

Posteriormente, a mulher percebeu que seus dois cartões bancários haviam sido furtados. Ambos estavam com as senhas anotadas.

Segundo o delegado, algumas vítimas ficam envergonhadas e têm medo de serem repreendidas por seus familiares. “Muitas nem registram a ocorrência.”