Câmeras de segurança de uma padaria no Ipiranga, zona Norte de Ribeirão Preto, gravaram o momento em que Roberto Rivelino de Oliveira, conhecido como Riva, de 47 anos, é executado na manhã desta quarta-feira (15). Pelas imagens do circuito interno do estabelecimento, é possível contar ao menos 15 tiros contra a vítima. Assim que foi atingido pelo primeiro disparo, Riva cai atrás de um balcão e, em seguida, é alvejado à queima-roupa.

Momentos antes, ele corria de três homens armados e encapuzados pela rua Paranaguá quando entrou na padaria na esquina com a rua Espírito Santo para tentar se proteger. Um carro preto, que parece ser um Ford Fiesta, espera pelo trio na porta. O motorista também estaria de capuz.

Assim que descarregam as armas contra a Riva, os três encapuzados entram no carro e o veículo segue pela Espírito Santo no sentido à rua Coronel Américo Batista. "Um deles chegou aqui na porta e já começou a atirar. Eu entrei para o fundo da padaria", disse uma funcionária que estava no balcão.

Uma pessoa que estava no caixa entra no caminho dos atiradores ao correr para a calçada. "Eu só me escondi dos tiros. As mulheres que estavam aqui na rua correram para dentro da minha casa. Eu, no desespero, esperei eles montarem no carro para abrir o portão porque minha filha fica sempre aqui por perto", contou uma vizinha.

Acerto de contas

O 1º tenente da PM (Polícia Militar) Fábio Guidoni disse que suspeita que a execução tenha ocorrido por um acerto de contas do tráfico de drogas. Riva possui passagem policial por tráfico, de acordo com a PM. "A principal suspeita é de acerto de contas, tento em vista que a vítima já tem uma ficha extensa pela polícia", afirmou o tenente.

O policial informou que, pela manhã, ainda não havia informações sobre o paradeiro dos atiradores. "Pelas imagens não conseguimos precisar com exatidão nem o modelo nem a marca do veículo, apenas que é um carro preto", afirmou.

O local foi periciado por uma equipe da Polícia Científica. O delegado Rodolfo Latif Sebba, do Setor de Homicídios da DIG (Delegacias de Investigações Gerais), esteve no local do crime e investiga o caso.

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