Ricardo Turra, titular da DIG, quer saber se mecânico já esperava vítimas em uma obra de sua propriedade, onde ocorreu a agressão a pauladas, na zona Oeste de Ribeirão Preto
A Polícia Civil de Ribeirão Preto apura se o mecânico de 40 anos indiciado por um duplo homicídio ocorrido no final do mês de junho, em Ribeirão Preto, já esperava as vítimas no interior de um imóvel em construção de sua propriedade, que seria alvo de constantes furtos no bairro Cidade Universitária, zona Oeste da cidade.
O delegado Ricardo Turra, responsável pelo caso na DIG (Delegacia de Investigações Gerais), disse o mecânico confessou o crime nesta quinta-feira (12) ao se apresentar na presença de seu advogado.
A polícia também vai apurar a eventual participação de outra pessoa no crime, que possa ter ajudado o mecânico na noite do último dia 29. Claudemir Dantas de Souza, de 41 anos, e Fernando Rodrigo Silva, 30, morreram horas depois do socorro.
"A versão dele [do mecânico] tem pontos que ainda precisam ser esclarecidos. Se entendermos necessário pedir a prisão temporária, vamos representar ao Poder Judiciário para esclarecer pontos como: se estava sozinho ou não, se já estava aguardando essas pessoas no interior da casa armado, ou se realmente entrou na casa e foi surpreendido e agredido", disse o delegado.
Pedaço de pau
De acordo com a versão do indiciado apresentada à polícia, ao chegar à obra ele já encontrou um dos homens no interior da construção.
Ao perceber que havia alguém no local, esse homem teria partido para agredir o mecânico com um pedaço de pau e ambos entraram em luta corporal.
O mecânico relatou à polícia ter conseguido tomar o pedaço de pau e que passou a agredir o homem. Nesse momento, teria chegado a outra vítima, que também foi agredida com o pau.
"Ele [o mecânico] disse que queria chamar uma ambulância, mas um deles avisou que não seria necessário, pois estaria sendo procurado pela polícia e poderia ir para a cadeia", contou o delegado.
Justiça com as mãos
O Setor de Homicídios da DIG está em busca de imagens de câmeras de segurança que possam ajudar a esclarecer o caso.
"Ele pode ter feito justiça com as próprias mãos. Vamos ver se no decorrer da investigação conseguimos estabelecer isso. Da maneira como nos contou, disse que entrou na casa e foi surpreendido, não que já estivesse esperando essas pessoas que estariam furtando", afirmou Turra.
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