Quadrilha armada tenta explodir cofre de posto na zona Sul de Ribeirão Preto

16/04/2018 14:09:00

Morador foi acordado pelos barulhos de tiros e explosões durante a madrugada no Jardim Botânico, área nobre da cidade


Uma quadrilha fortemente armada tentou explodir o cofre de um posto de combustíveis na avenida Wladimir Meirelles Ferreira, zona Sul de Ribeirão Preto, na madrugada desta segunda-feira (16).  Três funcionários ficaram reféns dos criminosos, que fugiram levando o dinheiro dos frentistas e todo o caixa da loja de conveniência.  O valor levado pelos ladrões não foi divulgado.

O posto, localizado em uma das regiões mais nobres da cidade, funciona 24h.  Segundo o diretor da rede de postos, José Carlos Birche, "era por volta das 4h40 quando cinco homens chegaram em um veículo ainda não identificado e tentaram por três vezes explodir o cofre".  

O diretor mora perto do posto e conseguiu ouvir de sua casa o barulho das explosões. "A primeira tentativa deles não deu certo, mas a segunda foi bem mais forte e como eu moro aqui perto, deu para ouvir muito claro o barulho. Depois ainda teve a terceira explosão", relata.  

O prejuízo total ainda não pode ser calculado, mas o cofre não foi arrombado e permaneceu no local, apesar de bastante danificado. "Só conseguiram levar o dinheiro do dia a dia e do caixa da loja de conveniência, mas o do cofre eles não conseguiram violar", afirma Carlos.  

O estabelecimento possui várias câmeras de segurança - só na área externa a reportagem contou quatro e as imagens devem ajudar a polícia na identificação dos suspeitos.  

O posto atacado pela quadrilha fica em frente ao 9º Nono Grupamento do Corpo de Bombeiros, a cerca de 200 metros, do outro lado da avenida. A assessoria de imprensa dos bombeiros informou que a corporação só responde questões referentes a parte técnica de incêndios.   


Medo e insegurança  

O morador de um prédio atrás do posto diz que assistiu toda a ação criminosa da janela de seu quarto, que fica no terceiro andar. Segundo Eduardo Alves, de 24 anos, foram momentos de tensão. "Eu moro no fundo do posto e ouvi alguns disparos como se fossem tiros bem fortes. Pelo que o frentista falou, eles tentaram perfurar o cofre".  

Eduardo conta que viu o momento em que os funcionários foram rendidos pela quadrilha. "Eu vi os bandidos levando os funcionários para o lado do posto, todos bem armados. Não sei dizer qual o modelo de arma, mas estavam todos armados". No local a polícia apreendeu um equipamento para cortar metal e treze munições calibre 12, além de um pé de cabra.  

O prédio chegou a tremer, tamanho o impacto das explosões. "Eu vi quando eles colocaram as bombas, foi bem forte e até tremeu um pouco. Quando percebi a ação eu chamei a polícia e pouco depois ouvi os bandidos dizendo vamos embora, vamos embora", relata Eduardo.  

O morador conta que jamais imaginou presenciar algo do tipo e que acordou com o barulho dos tiros. "Foi bem assustador, nunca tinha presenciado nada deste tipo. Minha janela estava até aberta, eu acordei com os tiros e depois ouvi as explosões", diz.  

Além da base do Corpo de Bombeiros, existe um posto da Polícia Militar a dez quarteirões do local, na avenida professor João Fiusa. "Tem uma base da polícia aqui perto e eles demoraram 12 minutos para chegar. Fica a sensação de medo e insegurança, ainda mais nesta região nobre da cidade. Há um mês presenciei um assalto a mão armada na avenida Presidente Vargas e agora mais este crime".  

A Polícia Militar, por meio de nota, diz que "realiza com freqüência o patrulhamento ostensivo preventivo nas imediações dos principais centros comerciais e bancários da nossa área, sempre contando com o apoio do Policiamento de Força Tática, visando coibir essas ações criminosas. Que no momento da ação todas as equipes policiais da região prestaram o apoio necessário para o atendimento da ocorrência, e que as mesmas seguiram um rígido protocolo de segurança que prioriza a integridade física dos moradores locais e dos Policiais Militares envolvidos". 

Apesar de três explosões, cofre não foi violado (foto: P.H. Schneider / ACidade ON)




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