Sem transporte escolar, crianças da rede municipal perdem aula

25/05/2018 09:50:00

ACidade ON solicitou e aguarda a Educação e a Prefeitura de Ribeirão Preto informarem o número de alunos prejudicados com a falta do serviço

A dona Marta Aparecida Souza diz que filha Ketlyn e neta Ágatha perderam aula por falta de transporte escolar, suspenso ontem à tarde (Fotos: Weber Sian / A Cidade) 

 
Hoje a manhã foi de prejuízo para a dona de casa Maria Aparecida Souza, 48 anos. Com o transporte escolar da rede municipal suspenso, devido à greve dos caminhoneiros, a filha Ketlyn, 9 anos, e a neta Ágatha, 8 anos, perderam o dia de aula.

Ontem, a Secretaria de Educação informou que o transporte escolar foi suspenso pela empresa responsável pelo serviço por problemas com o desabastecimento de diesel resultante da greve dos caminhoneiros no País. O transporte escolar, segundo a prefeitura, só deverá ser retomado quando o abastecimento for regularizado na cidade. Ou seja, não há prazo determinado para que a serviço seja normalizado.

Prestam serviços para a secretaria 46 veículos ônibus e vans -, além de 14 veículos adaptados para pessoas com deficiência que atendem as secretarias de Educação, Saúde e Assistência Social. ACidade ON solicitou, mas nem a Educação nem a Prefeitura de Ribeirão Preto ainda informaram o número de alunos que dependem do transporte municipal.

Wilson Toni

Moradoras no bairro Wilson Toni, as duas meninas estudam na Cemei Virgílio Salata, no Ipiranga, e dependem do transporte da prefeitura para frequentar as aulas.

"Hoje o transporte não veio e elas não tiveram como ir à aula. Daqui do Wilson Toni não tem nem ônibus direto para o Ipiranga. Para leva-las teria de pegar dois ônibus: um até o Centro e outro até o Ipiranga", afirmou a dona de casa.

Para Ágatha, faltar da escola não é nada bom porque depois vai perder o conteúdo . "É ruim não ir á aula porque tem colega meu que foi. Depois eu vou ter que repor para poder acompanhar", disse a estudante.

A preocupação de dona Marta é que a ausência das meninas prejudique o recebimento do Bolsa Família, benefício que ajuda nas despesas da casa. "Se elas faltam eu posso até perder o benefício."

Caminhada a pé

Já a dona de casa Edna Gagliato, 33 anos,disse que o filho Lucas, 5 anos, só não perdeu aula na manhã de hoje porque o marido levou a criança de moto.  

"Mas como ele trabalha o dia todo fora, sou eu que vou busca-lo. Vou a pé porque não tem outro jeito", diz.
A mulher mora no Paulo Gomes Romeu e a criança estuda no Jardim Paiva. "São pelo menos 15 minutos de caminhada. Vamos andar para ele não faltar da escola", disse a mãe.
 

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