Empresário está menos otimista neste fim de ano

25/10/2014 16:21:00

Resultado de pesquisa sobre expectativa é positivo, mas registra queda na comparação com estudo de 2013

Matheus Urenha / A Cidade
Sisto, gerente de loja masculina: expectativa de vendas no fim do ano vão de 10% a até 12%. (Foto: Matheus Urenha / A Cidade)

O empresário de Ribeirão Preto está menos otimista nesta reta final de 2014, mas acredita em retomada econômica nos próximos meses.

Segundo o Índice de Expectativa dos Empresários (IEE) de setembro, divulgado ontem pela Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp), em parceria com a Fundação para Pesquisa e Desenvolvimento da Administração, Contabilidade e Economia (Fundace), a percepção dos últimos seis meses até o presente é a menor da série histórica (31,5 pontos).

Como consequência dessa falta de confiança, das 231 empresas que participaram da pesquisa, apenas 27,3% disseram ter planos para investimento no próximo semestre. No estudo feito em setembro de 2013 esse percentual era de 36,2%.

“A queda na expectativa dos empresários foi de 3,7 pontos percentuais em relação ao mês de junho e de 17,3 em relação a setembro do ano passado”, comenta o economista da Acirp, Fred Guimarães. “Agora, em setembro, o índice ficou em 55,5, ainda no campo do otimismo, mas em queda”, completa.

Luci Maria de Almeida é proprietária de um café, no Centro, e destaca que o ano de 2014 foi marcado por oscilações. “Tivemos dias muito bons e outros muito ruins”, frisa.

Gerente de uma loja masculina, Leandro Cléber Sisto reforça a fala de Luci: “Este ano não foi bom para o comércio em geral. Mas, estamos otimistas com a proximidade do Natal”. Para ele, as vendas terão um aumento de 8% a 10%.

Caiu a confiança, afirma economista
Segundo Fred Guimarães, economista da Acirp, o resultado da pesquisa mostra que caiu a confiança do empresário na economia.

“Eles estão acreditando, mas não como o ano passado”, diz. “Apesar de todas as dificuldades, os empresários estão otimistas”, acrescenta.

Guimarães comenta que o resultado da evolução dos últimos nove meses mostra quais os setores estão expandindo e quais estão com problemas.

“O comércio está sofrendo bastante. Foi o setor em que foi registrada a maior perda de postos de trabalho”, afirma.

Para ele, o que está sustentando a economia é a construção civil e o setor de serviços, relacionado às atividades de atendimento hospitalar, limpeza de prédios e teleatendimento.



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