Levantamento traça 'raio-X' da produção de laranja

01/11/2014 08:31:00

Fundecitrus encabeça pesquisa que passará pelos pomares paulistas e mineiros até 2015

Divulgação
Pesquisadores vão rodar o cinturão citrícola de São Paulo e Minas Gerais para o levantamento

A produção de citrus no interior paulista e mineiro é alvo de um levantamento do Fundecitrus (Fundo de Defesa da Citricultura). O objetivo é assegurar transparência e confiabilidade para gerar dados úteis aos produtores. Assim será possível planejar que ações tomar para a safra 2015-2016.

A estimativa oficial de safra será divulgada no mês de maio, com reestimativas em setembro e novembro. A partir de 2016, haverá uma estimativa prévia em fevereiro.

Vinicius Trombin, coordenador da Pesquisa de Estimativa de Safra (PES), explica que o primeiro produto do levantamento é um inventário das árvores citrícolas dessas regiões. “Vamos saber o número de pés de laranja, limão e tangerina. Delas, quais são as produtivas, as que ainda não produziram, suas variedades e a idade delas.”

O pesquisador assegura que, desse modo, será possível ter uma fotografia do setor. “Com isso haverá previsão da safra 2015/2016 e as seguintes.”

Trombim diz, ainda, que a importância desse estudo se dá na possibilidade de reduzir a especulação de preços, com números que serão apresentados publicamente.

“A partir disso poderão sair políticas públicas definidas. E também os produtores poderão ver que rumo tomar com seus pomares.

Se precisam reduzir, ampliar ou trocar de variedade da fruta. Ele poderá tomar decisões com esses números”, pontua o pesquisador.

O censo do parque citrícola vai abrir um leque de possibilidades para o planejamento da citricultura brasileira. Uma delas, já estruturada, é a estimativa de safra de laranja.

Procedimento
Até fevereiro de 2015, 30 agentes do Fundecitrus vão fazer a medição de todos os talhões do cinturão citrícola para apurar área, espaçamento e número de árvores produtivas, improdutivas e falhas.

As informações serão balizadas por imagens coletadas por satélite entre maio e outubro deste ano, com 0,5 metro de resolução espacial, que possibilita identificar as árvores nos pomares. Um programa de computador vai colaborar com os cálculos do número de plantas por região. 

A reportagem completa você confere na Tribuna Impressa deste sábado (1°).



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