Consórcio na aquisição de bens e aplicação de dinheiro

27/07/2014 20:49:00

Segundo economista, consórcios servem para organizar as finanças, mas é preciso cuidado

Fonte: Procon-SP / Arte: A Cidade
Consórcio é opção para quem quer investir ou adquirir produtos. (Fonte: Procon-SP / Arte: A Cidade)

A produtora de eventos Adriane Mitter, de 38 anos, vai trocar de carro pela terceira vez e já tem certeza da forma de pagamento: o consórcio. Para ela, mais do que uma maneira de adquirir um bem, o consórcio é uma forma de investimento.

“Na verdade, eu estou guardando dinheiro. O primeiro consórcio que eu fiz, comprei uma carta de crédito no valor de R$ 16 mil. No meu segundo carro, eu dobrei o valor, fiz uma carta de R$ 32. A ideia é vender o meu carro atual, dar um lance e pegar outro veículo bem melhor. Se eu não quisesse usar o dinheiro no automóvel, eu poderia vender essa carta de crédito”, explica Adriane.

Segundo ela, o consórcio é uma facilidade para profissionais liberais. “Como eu não tenho salário fixo, para mim, compensa muito. Eu faço o consórcio e vou guardando dinheiro até dar a metade do valor do bem que estou pagando. Quando consigo, dou um lance. É muito fácil conseguir um bem dessa maneira. Tenho um carro bacana, sem pesar no meu orçamento. Se eu comprasse com um financiamento, os juros seriam bem maiores”.

Apesar da experiência positiva de Adriane, o economista Alexandre Nicolella alerta que é preciso ter cautela ao contratar um consórcio.

Porém, segundo o economista, o consórcio é uma boa maneira para fazer um planejamento das finanças pessoais ou da família.

No entanto, o economista recomenda poupar dinheiro e aplicá-lo em investimentos que tenham rentabilidade. “Quanto mais organizada a pessoa, mais as taxas de juros andam a seu favor. Se você consegue ter o dinheiro à vista para comprar um bem, você pode negociar e ter mais descontos. Mas, muitos não conseguem esperar o tempo necessário para ter o dinheiro total. Então, a melhor opção pode ser o consórcio”, avalia o economista.

Cautela antes de assinar
O economista Alexandre Nicolella afirma que é preciso ter cautela antes de assinar um contrato de consórcio. “É preciso ficar de olho nas taxas de administração cobradas pela empresa. A pessoa tem que estar atenta às cláusulas do contrato. Há consórcios longos, de 40, 50 meses, então você tem que pensar que podem ocorrer imprevistos nesse tempo, como perda do emprego, problemas com a família. É preciso saber se há seguro, se você pode abrir mão a qualquer momento ou vender sua carta de crédito”, explica Alexandre.

Outra dica do economista é colocar as prestações e gastos na ponta do lápis para definir se o consórcio é a melhor opção. “Se a ideia é investir e não comprar um bem, ainda prefiro outras formas como fundos de investimento e poupança, por exemplo, que você tem a certeza da rentabilidade”.



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