Paixão de Cristo atrai e encanta 2 mil em Ribeirão Preto

18/04/2014 22:21:00

Evento durou quase duras horas; polícia e guarda tiveram que intervir por causa de roubo de celular

Milena Aurea / A Cidade
Ronaldo Viana foi o ator que interpretou Jesus Cristo; veja mais fotos na galeria (foto: Milena Aurea / A Cidade)

Todo ano, há mais de uma década, a dona de casa Norma Guadagnucci faz questão de acompanhar as encenações da Paixão de Cristo. “Gosto de ver ao vivo, me emociono. E aqui tenho a oportunidade de conhecer mais pessoas”, diz a católica, de 82 anos.

Foi com bastante atenção e com ansiedade que ela aguardou o início da 32ª edição da Caminhada do Calvário. Isso porque a encenação ganhou um novo formato e, com ele, um novo nome. Ao invés de ter início na Esplanada do Theatro Pedro II e ser encerrada no Alto do São Bento, como nos anos anteriores, a peça - que agora se chama 1ª Encenação da Paixão de Cristo - começou na Praça Sete de Setembro e seguiu até a Catedral.

O espetáculo começou às 18h40, com apenas dez minutos de atraso, e terminou às 20h30. De acordo com a Guarda Civil Municipal (GCM), aproximadamente duas mil pessoas acompanharam a peça.

Para cristãos
Mesmo sem ir à igreja com frequência, Edvaldo Sandri, de 34 anos, escolheu à noite de ontem para ver a Paixão de Cristo pela primeira vez. “Achei que era importante vir aqui para passar os meus valores religiosos. Depois, quando estiverem grandes, cada um vai seguir o seu caminho, mas já vão conhecer essa história”, disse o motorista, que estava junto da esposa e dos três filhos.

A aposentada Ivana Aparecida Ricci, 63, aprovou o novo formato da encenação. “Acompanho há 7 anos. Acho que no São Bento dava mais o clima da crucificação, mas aqui também foi muito bonito. E a gente não precisou andar tanto, né?”.

Para o pároco Francisco Jaber Zanardo Moussa, o padre Chico da Catedral, o espetáculo é positivo em todos os anos. “A encenação traz mais devoção e vem carregada de significado para os cristãos”.

Menor é apreendido
Um menor foi apreendido durante a apresentação da parte final da peça, em frente à Catedral. O menino, de apenas 13 anos, de acordo com a Polícia Militar (PM), aproveitou a multidão para roubar o celular de uma espectadora, que fotografava o espetáculo. A PM e a GCM faziam a segurança do evento com efetivo de 63 homens.



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