Escola em tempo integral tem 100 vagas abertas em Ribeirão Preto

25/07/2017 16:20:00

É preciso ter idade entre 14 e 18 anos incompletos e não haverá seleção

Milena Aurea / A Cidade
Rafaela Santilli, 16, é só elogios ao modelo integral (foto: Milena Aurea / A Cidade)

 

Única escola estadual de ensino médio integral em Ribeirão Preto, a Sebastião Fernandes Palma está com 100 vagas em aberto para estudantes que desejam iniciar os estudos já a partir da próxima semana.

Para tanto, é preciso ter idade entre 14 e 18 anos incompletos e não haverá seleção – alunos que se inscreverem serão automaticamente matriculados.

Pais ou responsáveis devem levar RG do aluno, declaração de escolaridade, duas fotos 3 por 4 e comprovante de endereço de segunda a sexta-feira na escola, das 9h às 15h, na rua Casemiro de Abreu, 595 – Vila Seixas.

A escola atende hoje 260 estudantes da primeira à terceira série do ensino médio em regime integral.
Os alunos têm uma carga horária 50% maior do que no ensino médio tradicional. Eles ficam na escola nove horas e meia por dia, das 7h às 16h30, com três refeições oferecidas – café da manhã, almoço e café da tarde.

O grande diferencial desse modelo está nas disciplinas diversificadas obrigatórias, como as que focam o mundo do trabalho.

Todos os professores têm dedicação integral e, por isso, recebem um salário 75% superior na comparação com o ensino regular.

A vice-diretora da escola, Audrey Longaresi, acrescenta que o maior entrave para conseguir novos alunos no modelo integral está na terceira série do ensino médio. “Muitos têm que trabalhar meio período, são arrimos de família e acabam deixando o ensino integral”. Nos últimos dois meses, a escola perdeu 20 matrículas.

Tutores

O papel dos professores na escola em período integral vai além de passar os conteúdos em sala de aula – eles atuam como tutores dos estudantes e, por meio de conversas após o almoço, orientam os pupilos sobre questões pedagógicas e também pessoais.

“Existe um entrosamento maior entre professor e aluno e isso faz com que o estudante tenha um rendimento maior”, defende João Alves Lopes, professor de história e coordenador da área de ciências humanas.
Só elogios

Aluna da terceira série do ensino médio, Rafaela Santilli, 16, é só elogios ao modelo integral. “Tem disciplinas diferentes, como sobre o mundo do trabalho, que explica não só o currículo e como se portar em uma entrevista, mas como se portar na vida”, explica.

Outro ponto positivo destacado pela aluna é que as “janelas” de aulas terminaram com o modelo integral. “Não ficamos mais sem aulas em caso de falta”, diz. Isso porque os professores da mesma área trocam informações e, com isso, há sempre um substituto com o conteúdo atualizado para passar aos estudantes. 



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