Exposição REVER termina esta semana no Sesc Araraquara

17/06/2017 12:34:00

As obras do poeta concreto Augusto de Campos podem ser visitadas até o dia 25 de junho

ACidade ON - Araraquara
Augusto de Campos

 

A exposição REVER, mostra individual da carreira do poeta, artista multimídia e produtor paulista, Augusto de Campos, entra em sua última semana de exibição no Sesc Araraquara. O público tem até o dia 25 de junho para conferir o trabalho que tem curadoria de Daniel Rangel.

A exposição abrange 65 anos da produção poética do autor, trazendo obras como livros, serigrafias, objetos, colagens, instalações, áudios e vídeos.

Sua obra singular ultrapassa o campo da literatura, chegando às artes visuais contemporâneas. Letras, palavras, imagens e sons ganham corpo, permitindo ao público uma imersão integral no universo “verbivocovisual” de Augusto de Campos. O termo se refere às dimensões semânticas, sonoras e visuais da palavra. No caso do poeta paulistano, elas cabem não somente no espaço do livro, mas em vídeos, colagens, instalações, esculturas, músicas, holografias e projeções.

Como aponta Danilo Santos de Miranda em seu texto de apresentação: “Com a itinerância da mostra REVER_Augusto de Campos, o Sesc promove a circulação de um panorama retrospectivo de sua obra. Nele, poemas históricos em versão fac-símile são conjugados a traduções recentes para suportes distintos, incluindo os digitais. Trata-se de ver tais poemas novamente, mas também de vê-los materializados em outras mídias, onde adquirem desdobramentos inéditos. Com isso, a instituição convida seus públicos a interagir de formas múltiplas com os constructos poéticos desse criador que, ao lado de Haroldo de Campos e Décio Pignatari, lançou as bases da poesia concreta no Brasil”.

Sobre Augusto de Campos

Nascido em São Paulo, em 1931, é poeta, tradutor, ensaísta, crítico de literatura e música. Sua bagagem literária registra numerosas publicações, de 1951 a 2016, data em que aos 84 anos lançou o livro inédito “Outro”. Com Haroldo de Campos e Décio Pignatari, lançou em 1952 o livro-revista Noigandres, origem do grupo literário que iniciou o movimento internacional da Poesia Concreta no Brasil. Em 1953, produziu a série de poemas em cores, Poetamenos, primeira manifestação da poesia concreta brasileira.

Em 1956, participou da organização da 1ª Exposição Nacional de Arte Concreta, no Museu de Arte Moderna, em São Paulo, e a partir de então seus trabalhos foram incluídos em diversas exposições nacionais e internacionais de poesia concreta e visual e em antologias editadas no exterior como as publicações "Concrete Poetry: an International Anthology", organizada por Stephen Bann (London, 1967), "Concrete Poetry: a World View", por Mary Ellen Solt (University of Bloomington, Indiana, 1968), "Anthology of Concrete Poetry, por Emmet Williams" (NY, 1968) entre outras. Sua produção poética, iniciada em 1951, com o livro O Rei Menos O Reino, está reunida principalmente em Viva Vaia (1979), Despoesia (1994) e Não (2003), além de Poemóbiles e Caixa Preta, coleções de poemas-objetos, em colaboração com Julio Plaza, publicados em 1974 e 1975, respectivamente.

Sua produção vem influenciando gerações de artistas, seja do campo da literatura, artes visuais ou mesmo da música. Augusto foi fonte de inspiração para nomes com Caetano Veloso, Arrigo Barbané, Percicles Cavalvanti, Walter Franco, Cid Campos, Arnaldo Antunes, Adriana Calcanhoto, Lenora de Barros e Marilá Dardot, entre tantos outros.


Serviço

Exposição REVER (Augusto de Campos)
Abertura: dia 9 de março, às 20h
Visitação de 10/3 a 25/6
Terça a sexta, das 13h às 21h30
Sábado, domingo e feriado, das 9h30 às 18h
Classificação indicativa: Livre
Diversos espaços da unidade
Grátis
 



    Mais Conteúdo