Protesto reuniu motoristas do Uber em frente ao escritório da empresa, na avenida Presidente Vargas (Foto: Lucas Catanho / A Cidade)

Motoristas do Uber protestaram no início da tarde desta terça-feira (17) na avenida Presidente Vargas, em frente ao escritório do aplicativo em Ribeirão, para exigir mais segurança.

O manifesto foi motivado pela tentativa de latrocínio do motorista Nilton César Carvalhaes de Oliveira, na madrugada desta terça-feira (17), na região da favela Mário Covas, na Via Norte. Nilton trabalha como Uber, mas, segundo a assessoria de imprensa da empresa, no momento do crime estaria trabalhando como autônomo.

Nilton levou dois tiros – um na perna e outro no rosto. Segundo o Hospital das Clínicas, o estado dele é estável e não corre risco de morte.

Ao todo, 30 motoristas protestaram. Entre os pedidos, um cadastro mais criterioso dos usuários – hoje, o condutor do Uber sabe somente o primeiro nome ou apelido do usuário.

Fernando Hiroshi, 44, trabalha como motorista de Uber há apenas um mês e já passou por uma situação de perigo na noite de segunda-feira (16).

“Fui chamado para uma corrida no Jardim Piratininga, perto da favela das Mangueiras, para o Parque Ribeirão. Perguntei a um rapaz sobre a passageira que chamou a corrida, Keila, e ele me informou que ela teria pedido a corrida para ele”, diz.

Nesse momento, Hiroshi notou que pelo menos mais cinco pessoas se movimentaram na intenção de entrar no carro junto. “O carro estava trancado e pedi para manobrar, daí fui embora”, relembra.

O crime

Segundo a Polícia Militar, Nilton estava com um casal no carro trafegando pela Via Norte, por volta das 3h25, na região da favela Mário Covas, quando houve a tentativa de latrocínio. A polícia ainda não sabe se ele teria reagido.

O casal levou a carteira do motorista com documentos e o celular. A polícia encontrou um celular dentro do carro do motorista, que seria de um dos criminosos. Até agora, ninguém foi preso.