Imunossupressor Sirolimo é prescrito para evitar a rejeição de rins transplantados (Foto: Milena Aurea / A Cidade)

O imunossupressor Sirolimo está em falta na Farmácia do Componente Especializado de Ribeirão Preto há duas semanas, segundo pacientes que fizeram transplante de rim. O medicamento é prescrito para evitar a rejeição dos órgãos transplantados.

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A jornalista Roxana Cazón Angelo, 45 anos, está preocupada com a falta do remédio, que custa, em média, R$ 2 mil. "Não tenho condições de comprar", diz.

Cada caixa do medicamento vem com 60 comprimidos e Roxana toma um por dia, ou seja, o remédio dura dois meses. "O problema é que tenho só até domingo", conta.

Ela passou cinco anos fazendo hemodiálise após descobrir uma doença autoimune que fez seus dois rins pararem de funcionar. Em 2006, ela foi submetida a um transplante no HC (Hospital das Clínicas) de Ribeirão Preto e, atualmente, leva uma vida normal: trabalha, anda de bicicleta e faz faculdade de Letras.

Segundo o nefrologista do HC Miguel Moysés Neto, caso o paciente não tome o medicamento, ele corre o risco de perder os rins transplantados. "Eu diria que o prazo máximo para ficar sem esse remédio é de uma semana", afirma.

Outro lado

A Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo informou, por meio de nota, que houve um desabastecimento temporário do Sirolimo. "Uma nova compra já foi realizada e a distribuição às farmácias do Estado já foi iniciada", comunicou.

De acordo com a secretaria, a previsão é que a dispensação do medicamento seja normalizada nos próximos dias.