Gate volta a Araraquara para desarmar mais um explosivo

23/04/2014 09:45:00

Parte de dinamite foi encontrada no jardim do câmpus da Unesp; situação gera insegurança

Mateus Rigola/Tribuna Impressa
O grupo especializado da Polícia Militar foi acionado e veio de São Paulo especialmente para detonar o explosivo que estava na Unesp

Em menos de 15 dias, o Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais) teve que voltar a Araraquara para detonar outro explosivo, encontrado na manhã de ontem, no câmpus da Unesp.

Uma equipe terceirizada realizava a manutenção da jardinagem do câmpus quando encontrou o artefato, que estava encoberto pelas folhagens.

Segundo a Polícia Militar, o material explosivo pode ter sido abandonado na universidade pelo grupo de assaltantes que tentou explodir um caixa eletrônico da agência do Banco do Brasil, no último dia 9.

Toda essa situação gerou insegurança entre os funcionários e alunos da universidade, que acompanharam atentamente o trabalho dos policiais na tarde de ontem.

“É claro que ficamos curiosos para acompanhar e ver como o procedimento seria realizado, porém, a situação é preocupante. Esse material esteve aqui por quase 15 dias e poderia ter oferecido risco a todos”, diz a assistente de suporte acadêmico de Letras Modernas Sandra Tiossi, que acompanhou a detonação do material da janela da sala onde trabalha.

Durante toda a manhã e início da tarde, militares isolaram a área em um raio de 30 metros em torno do emulsificante, que foi detonado em aproximadamente 15 minutos pelos policiais do Gate.
Segundo eles, o material, muito usado em pedreiras, não oferecia risco.

“O emulsificante estava inerte e foi explodido com a carga do detonador. Ele não apresentava carga própria o suficiente para gerar uma explosão. Estava com defeito, falhou”, explica o aspirante a tenente Sérgio Lozovoi.

Os policias recolheram as partes da emulsão que passaram por análise. Ainda segundo Lozovoi, a realização de uma varredura pelo câmpus, já que é o segundo artefato encontrado, não será necessária.

“Por enquanto, não vemos necessidade desse procedimento, já que a principal ideia é que o material encontrado tenha mesmo sido, por algum motivo, abandonado pelo grupo que tentou explodir o caixa no dia 9 deste mês”, completa.

NÃO É A PRIMEIRA VEZ
No último dia 11, outra parte de uma dinamite foi encontrada por um técnico do banco dentro de um caixa eletrônico no câmpus da universidade.

O funcionário realizava uma manutenção na máquina que não era usada desde o dia em que foi alvo da explosão (9). O artefato não foi detonado na tentativa de roubo e ficou dentro do dispositivo.
Naquela ocasião, o Gate veio à cidade e retirou o material de dentro da agência. 



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