Ceagesp de Ribeirão Preto já não tem itens como cebola, banana e batata

25/05/2018 17:39:00

Previsão é que pequenos mercados já tenham escassez de hortifrútis neste final de semana

Foto ilustrativa (Crédito: Divulgação/Pixabay)

 

Em razão da greve dos caminhoneiros, que completou cinco dias nesta sexta-feira (25), o Ceagesp de Ribeirão Preto, responsável pela distribuição de hortifrútis para o município e outras 120 cidades da região, já não tem mais batata, cebola, mamão, manga, limão e banana.  

A previsão é que esses itens comecem a faltar nas prateleiras de pequenos mercados a partir deste final de semana. Entre terça e quarta-feira (30), as grandes redes também devem ficar desabastecidas, segundo o gerente do Ceagesp, Alan Gati.

"Em média, recebemos cerca de duas mil toneladas de alimentos às sextas-feiras. Hoje [sexta (25)], porém, foram apenas 750 toneladas. A maioria dos itens produzidos fora do Estado de São Paulo não estão chegando", diz Alan.  

Agricultores da região também enfrentam dificuldades em trazer os alimentos para o Ceagesp. Há relatos de que produções de folhas (como couve e alface), devido à rápida degradação, estão sendo perdidas.  

Alan explica que 95% do abastecimento dos mercados, em média, são provenientes da Ceagesp. "A situação é bem difícil, o sinal amarelo foi aceso", afirma Alan.

Mesmo se a greve acabar nesta sexta-feira ou sábado (26), ele afirma que a situação será normalizada somente após aproximadamente três dias. "Leva um período para reabastecer o estoque. E muitos caminhões precisam voltar para os produtores, descartar os produtos que estragaram e retomar para cá".  

Com isso, o preço de muitos itens deve subir nos mercados. A saca de 50 kg da batata, que há uma semana custava R$ 90, hoje foi vendida por R$ 250 antes de acabar.

Em nota, a APAS (Associação Paulista de Supermercados) afirmou que "a falta de produtos nos supermercados está mais presente em itens de FLV (Frutas, Legumes e Verduras), que são perecíveis e dependem de abastecimento diário, carnes, leite e derivados, panificação congelada e produtos industrializados que levam proteínas no processo de fabricação".

A entidade ressalta que "todos esses itens formam os grupos de produtos que representam 36% do faturamento dos supermercados".



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