Menina de 11 anos é agredida por colegas de escola no Jardim Indaiá

21/10/2014 10:10:00

Família registrou boletim de ocorrência por lesão corporal

Uma menina de 11 anos foi agredida por outras três alunas da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Gilda Rocha de Mello e Souza, no Jardim Indaiá, em Araraquara, na manhã de segunda-feira (20), logo após a saída da aula.

A mãe da menina, uma empregada doméstica de 42 anos, registrou boletim de ocorrência na noite de ontem, relatando que a filha havia sido ameaçada por outras três estudantes da escola no dia 10 de outubro – uma delas está no 4º ano e as outras duas no 6º anos.

Segundo a doméstica, a filha relatou o ocorrido à vice-diretora da escola, mas nenhuma providência teria sido tomada.

Na manhã de ontem, as garotas voltaram a ameaçar a menina de 11 anos, fazendo um cerco na saída da escola e agredindo a garota fisicamente. O motivo da briga seria uma fofoca entre as crianças. 

A mãe relata que a filha tentou se defender, mas levou chutes nas costas e ficou com arranhões nos braços. Ela só não se feriu mais porque foi ajudada por um colega de escola, que a levou até em casa. A menina está de cama, com dificuldades para se sentar e não quis ir à aula hoje. 

Mãe e filha foram orientadas quanto ao prazo de seis meses para representar criminalmente contra as agressoras e suas famílias, mas a doméstica não tem interesse. "Quero resolver tudo sem a polícia, só se a situação continuar é que vou seguir com isso", diz a mulher, mesmo sabendo que as três meninas estão indo à porta de sua casa há alguns dias fazer ameaças à filha. "Elas vieram aqui, chutaram portão, gritaram, xingaram minha filha, mas eu não quero confusão".

Segundo a mãe, as meninas moram a três ruas de suas casas, mas ela não procurou os pais das garotas para tentar um acordo. "Fui na escola e a vice-diretora prometeu falar com as famílias, por isso não fui atrás deles", reforça. 

Ainda hoje a menina agredida irá passar por exame de corpo delito.

DIREÇÃO – Procurada para comentar o caso, a vice-diretora Carina Costa explicou que, há dez dias, quando soube das ameaças e brigas entre as alunas, reuniu todas elas diante da mãe da menina que acabou sendo agredida.

Na ocasião, a conversa terminou com as alunas pedindo desculpas à colega e, aparentemente, tudo ficou bem entre elas.

Ainda segundo Carina, ela comunicou a mãe de uma das meninas sobre o ocorrido, mas não encontrou a mãe de duas delas, que são irmãs. Ela já tentou contato várias vezes para falar sobre o conflito, sem sucesso. A mulher não atende ao telefone, nem comparece às reuniões escolares.

Ontem, como a briga se deu longe da escola, a diretoria não teve como acionar o Conselho Tutelar para acompanhar o caso que, segundo a vice-diretora, não começou na escola, mas no bairro onde as garotas moram; elas são vizinhas.

Ela, no entanto, se comprometeu a reunir novamente as garotas para falar sobre a briga.

 

 



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