"Nós tentamos passar o melhor para a nossa filha, ela gosta de cantar o hino do Comercial”, conta a mãe de Maria Rita; (Foto: Milena Aurea/ A Cidade)

Eram 11 super-heróis entrando em campo e 11 vilões do outro lado. Mas o Comercial, que antes formava uma Liga da Justiça, perdeu a força completamente obrigando os torcedores a se acostumarem com a ideia das derrotas que tiraram do clube a possibilidade de retorno ao Paulistão. Pior do que isso, a decepcionante campanha na Série A2 se tornou um pesadelo - e dos piores. A nova geração de comercialinos, no entanto, ainda tem esperança de ver o seu time ser gigante novamente. E pede algo simples nesta reta final de campeonato: três vitórias, no mínimo duas, para evitar o rebaixamento à terceira divisão.

“Nós vamos ganhar, eu adoro ir aos jogos no estádio [Palma Travassos] com meus pais. Eu gosto do Comercial”, afirma a comercialina Maria Rita, de apenas três anos de idade. É por ela e por outras inocentes crianças, facilmente encantadas com o Comercial Futebol Clube, que os jogadores deverão entrar em campo diante do Velo Clube, neste sábado, do Rio Branco, no dia 25, e do Catanduvense, dia 3.
“Com três meses de vida ela entrou em campo com o Alex [ex-goleiro do Comercial, hoje no Figueirense].

Nós tentamos passar o melhor para a nossa filha, ela gosta de cantar o hino do Comercial”, conta a mãe de Maria Rita, Gisele Batizoco, comercialina ferrenha como Cristhiano Lelé, com quem é casada.

A torcida de Maria Rita para que os jogadores acertem o pé e marquem os gols que o Comercial precisa para evitar o rebaixamento à Série A3 é a mesma do garotinho Guilherme Zancan, de cinco anos. Ele se mostra confiante numa possível reviravolta do Leão na Série A2. “O Comercial vai escapar do rebaixamento. Quero que meu time reaja e volte ao Paulistão”. O torcedor mirim arrisca um placar nada modesto diante do Velo Clube: 10 a 0. “Se eu disser que o Comercial vai perder, meu pai [Fabiano Zancan] briga comigo”, brinca.

‘Vamos dar a vida por eles’
Artilheiro do Comercial com seis gols, Marcinho agradece o apoio dos pequenos. “Tenho muita afinidade com a torcida do Comercial, isso não tem preço, adoro essa bajulação. Isso faz com que a gente se doe ao máximo, temos que dar a vida por eles”.