Ítalo Amaral tenta bater marca de Nicholas Santos

24/05/2017 09:02:00

Atleta precisou superar problema de saúde para voltar às piscinas

Matheus Urenha / A Cidade
Nadador Ítalo Amaral é destaque da equipe de Ribeirão Preto e tenta nadar abaixo dos 50 segundos a exemplo de Nicholas Santos (foto:Matheus Urenha / A Cidade)

 

Ítalo Pereira Amaral, destaque da equipe de natação da Unaerp/SME, de Ribeirão Preto, já teve de enfrentar uma competição mais difícil do que qualquer prova dentro d’água: a luta pela vida. Ítalo foi diagnosticado em 2013 com uma doença respiratória, silenciosa e grave, semelhante à tuberculose e chamada Paracoccidioidomicose. Superou as adversidades e hoje está próximo de igualar uma marca de Nicholas Santos, estrelas da natação brasileira: nadar abaixo de 50 segundos nos 100m livres.

Desde que deixou Novo Acordo, sua cidade natal, no Tocantins, para morar em Ribeirão Preto, sobraram muitas incertezas e uma convicção para o nadador: ir até o fim. Não foi fácil, mas ele venceu. Aos 24 anos, Ítalo se consolidou como o grande nome do time da cidade e, nos 100m livres, uma de suas especialidades, marcou 50s68 em dois torneios regionais disputados nesta temporada. O último representante da cidade a nadar abaixo de 50 segundos nesta modalidade foi justamente Nicholas Santos, atualmente na Unisanta, de Santos.

“A meta é sair da casa dos 50 segundos. Seria uma grande satisfação ser o primeiro da região depois do Nicholas. Outros ainda vão conseguir, mas ser o primeiro seria muito especial”, comentou Ítalo.

Apaixonado desde pequeno pela água - sempre optou pela piscina ao invés do futebol, com a maioria dos colegas -, o estudante de engenharia civil ficou afastado por dois anos das competições (2013 a 2015). Na época, Ítalo havia acabado de chegar ao Corinthians, onde conquistou o título de campeão brasileiro na categoria júnior. No ano anterior, já havia sido vice-campeão nacional representando Ribeirão Preto.

O drama de Ítalo

O nadador ficou três meses no leito do hospital até ser liberado para ser medicado e fazer o restante da recuperação em casa, ao lado da família. “Foi um momento muito difícil para mim. Voltei para casa, aí minha mãe perguntou se eu queria tentar de novo. Ela me deu apoio e optei por voltar a Ribeirão”, contou Ítalo. O amor pela natação abriu novos horizontes. “Aprendi que não devemos desistir. Penso em estar numa Olimpíada.” 



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