Estado dá aval para construção de AME na Vila Virgínia

13/02/2018 11:50:00

O governo do Estado aceitou a proposta da prefeitura, para equipar e gerenciar um ambulatório construído apenas com recursos do município

 

 

 

 

Duarte Nogueira durante campanha no horário eleitoral gratuito
 

 

 

A novela da construção do primeiro AME (Ambulatório Médico de Especialidades) em Ribeirão Preto ganhou novo capítulo. O governo do Estado aceitou a proposta da prefeitura, para equipar e gerenciar um ambulatório construído apenas com recursos do município.  

Nem prefeitura nem estado, porém, estipularam prazo para o AME Mais entrar em funcionamento. Certo é que a unidade será construída na Vila Virgínia, zona Oeste de Ribeirão Preto, ao lado da Fatec (Faculdade de Tecnologia).  

Para a construção, o Executivo tem R$ 13 milhões, dinheiro que sobrou do orçamento da Câmara Municipal em 2017. "A Secretaria de Estado da Saúde considera louvável o interesse da Prefeitura de Ribeirão Preto em construir o AME Mais para futura gestão do serviço pelo Estado. A pasta dará todo suporte técnico para implantação da unidade", informou a Secretaria Estadual da Saúde, via e-mail.  

Inicialmente, a prefeitura tinha como prioridade o AME do Idoso, mas depois de tomar conhecimento da fila de mais de três anos para exames e consultas, a meta passou a ser o AME Mais, que oferece 25 especialidades médicas em um único local.  

 

Bandeira de campanha 

A construção de três AMESs foi uma das principais bandeiras de campanha do então candidato Duarte Nogueira (PSDB), na disputa pelo Palácio Rio Branco em 2016.  

Na oportunidade, porém, a promessa era que o primeiro AME seria o do idoso. Nogueira garantiu em campanha (veja ao lado) que os recursos para esse primeiro ambulatório - que seria construído ao lado do Hospital Estadual, na avenida Independência - estavam garantidos. Hoje, porém, a realidade é outra: não há data para ele sair do papel.  

"A construção do AME do Idoso está em estudo pela Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo", informou a prefeitura, via nota. A mesma coisa disse o governo do estado.  

Sobre o AME da Mulher, a prefeitura informou que está em estudo o início da operação dentro da estrutura existente na Mater. O Executivo municipal ainda explicou que está prevista uma "segunda etapa, com a ampliação do espaço físico em terreno ao lado da Mater".  

Desde que iniciou a implantação do modelo, em 2007, 55 AMEs foram construídos em várias regiões do estado, sendo 35 deles AMEs Mais. Como o ambulatório é gerido pelo Estado, o atendimento tem abrangência regional.  

 

Veja o que foi prometido na eleição 2016  

"Portanto, temos que trazer os AME´s. O primeiro nós já conseguimos, será o AME do Idoso. Já falei com o governador (Geraldo Alckmin) e o recurso para esse primeiro AME já está garantido. O segundo será o da mulher. Ficará ao lado da Mater, no Quintino II. Para o terceiro AME, ainda estamos definindo o local. Temos total apoio do governador e vamos trazer os AME´s para Ribeirão"  

Pronunciamento de Duarte Nogueira (PSDB), durante a campanha eleitoral, em outubro de 2016  

 

 Plano de Governo e Plano de metas 

 A construção dos três AME´s consta no Plano de Governo de Duarte Nogueira - o documento foi feito na campanha de 2016. A meta seria desafogar o atendimento no Hospital das Clínicas, nas UBS´s e nas UBDS´s. A entrega dos ambulatórios também está descrita no Plano de Metas, elaborado pelo Executivo após a posse do prefeito.

 

Tentativa de transformar A UBDS Central em AME não teve apoio   

Em junho do ano passado, a Prefeitura de Ribeirão Preto anunciou que transformaria a Unidade Básica de Saúde Distrital (UBDS) Central em AME. Para isso, reabriria a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Oeste, antigo posto da rua Cuiabá. Desde o anúncio, se passaram oito meses e o Executivo não conseguiu colocar nada em prática. 

O fechamento da UBDS Central teve uma repercussão negativa entre vereadores, servidores e população. Como a Secretaria da Saúde dependia do aval da Câmara - teria que repassar o prédio da UBDS para o governo do estado -, a proposta acabou sendo abandonada.  

Já a abertura da UPA está relacionada a convênio com uma OS (Organização Social). Para tal, a prefeitura também precisa de autorização do Legislativo.  

No ano passado, dois projetos foram enviados à Câmara, mas os dois não tiveram parecer favorável da Comissão de Justiça, com isso a votação em plenário nem ocorreu.  

A prefeitura agora pretende retomar as conversas com os vereadores agora em fevereiro - o recesso acabou no dia 1º - para uma terceira tentativa.



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