Caso a Prefeitura de Ribeirão Preto opte por sancionar todas as emendas feitas pelos vereadores ao PPA (Plano Plurianual), terá que desembolsar, ao longo de quatro anos, mais de R$ 1,3 bilhão.

É esse o valor para implementar as 228 emendas aprovadas na sessão extraordinária de ontem. O PPA e as emendas foram aprovados em primeira discussão e a votação final deve ocorrer em outra sessão extraordinária a ser convocada pela Mesa Diretora.

O secretário municipal de Governo, Nicanor Lopes, afirmou que vai aguardar a chegada das emendas no Executivo para fazer a avaliação. De qualquer forma, se o histórico for mantido, mais de 90% das emendas devem receber veto da prefeitura.

O que é?

O PPA dita as diretrizes de desenvolvimento do município por quatro anos - vai valer entre 2018 e 2021. “No que se refere ao diagnóstico do problema, a prefeitura foi bem. Na parte das propostas minha avaliação é que o Executivo deixou a desejar”, disse o vereador Marcos Papa (Rede), presidente da Comissão de Finanças da Câmara.

“Algumas correções foram necessárias e também foram apresentadas emendas. A Câmara coloca o que passou despercebido pelo Executivo”, disse a vereadora Gláucia Berenice (PSDB), que foi a relatora do PPA na Comissão de Finanças. 

Mais informações do PPA

44 emendas - Os vereadores Igor Oliveira (PMDB) e Maurício Gasparini (PSDB) foram os recordistas de emendas parlamentares ao PPA - cada um apresentou 44. No total, 12 vereadores apresentaram emendas. Das 228, 21 emendas foram propostas pelas comissões permanentes da Casa de Leis

R$ 429 milhões - A emenda mais ‘cara’ feita ao PPA é de autoria da Comissão Permanente de Educação - são R$ 429 milhões para o projeto Educação Para Valer. A vereadora Gláucia Berenice (PSDB), presidente da referida comissão, disse que incluiu no PPA o Plano de Expansão de Vagas da Rede Municipal de Ensino

Vetos - O vereador Marinho Sampaio (PMDB) não apresentou emendas parlamentares ao PPA. Segundo ele, a perspectiva do Executivo vetar as propostas desestimula o vereador. “Têm mais de 200 emendas, se o governo sancionar quatro ou cinco já será uma surpresa”, disse Marinho