Celular de Plastino aponta propina de R$ 1,5 milhão para Dárcy Vera

08/09/2017 07:42:00

Dinheiro seria relativo ao contrato com uma empresa responsável pela coleta de lixo em Ribeirão Preto

Weber Sian / A Cidade
Acusada de liderar esquema de corrupção na prefeitura, ex-prefeita Dárcy Vera está presa (foto: Weber Sian / A Cidade)

 

Um relatório da Polícia Federal após a perícia no celular do dono da construtora Atmosphera, Marcelo Plastino (que se suicidou em novembro do ano passado após a deflagração da Operação Sevandija), coloca a ex-prefeita Dárcy Vera em uma nova polêmica.

Plastino deixou escrito que a ex-chefe do Palácio Rio Branco teria recebido propina de R 1,5 milhão, relativa ao contrato com uma empresa responsável pela coleta de lixo. Plastino também que diversos vereadores, cujos nomes não foram citados, teriam recebido R$ 80 mil, cada um. Nove ex-vereadores que integravam a base governista na Câmara são réus na ação judicial da Sevandija.

A polícia quer saber se as informações escritas por ele seriam utilizadas numa eventual delação premiada.
A prefeitura fez dois contratos com a Leão Ambiental, em 2013: um de R$ 54 milhões e outro, de R$ 13 milhões. No total, foram quase R$ 67 milhões por um ano de contrato. Em setembro de 2013, a Leão Ambiental foi vendida para a Estre Ambiental.

Contratações

Plastino também deixou a mensagem escrita que, quando [Dárcy] verificou o aumento do custo da Coderp (Companhia de Desenvolvimento Econômico de Ribeirão Preto) com a Atmosphera (R$ 5 milhões para R$ 20 milhões) determinou que as contratações passariam por ela (leia reproduções acima). (Com EPTV) 

Outro lado

À EPTV, a Estre Ambiental - que realiza hoje a coleta de lixo - disse desconhece o assunto referente ao contrato assinado anteriormente pela Leão Ambiental. A reportagem não encontrou nenhum representante ou a assessoria de imprensa da Leão Ambiental para comentar o caso. Também não foi encontrada a advogada Maria Cláudia Seixas, que representa a ex-prefeita. Dárcy está presa na Penitenciária de Tremembé desde maio deste ano, quando foi presa pela segunda vez em decorrência da Operação Sevandija.

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