Ex-presidente da Câmara, Walter Gomes está preso em Tremembé (foto: Mastrangelo Reino / A Cidade)

Os vereadores que integram a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Anexo seguem nesta manhã (19) para a Penitenciária de Tremembé para ouvir o ex-presidente do Legislativo, Walter Gomes (PTB), sobre indícios de superfaturamento na construção. Serão feitas pelo menos 35 perguntas ao parlamentar.

Segundo o presidente da CPI, Otoniel Lima (PRB), trechos de vídeos de oitivas de outros depoentes serão exibidos para que Walter apresente sua defesa. “Nós fazemos o máximo de perguntas possível dentro do tempo permitido para ficarmos no interior da penitenciária. Walter tem muito o que explicar”, afirmou o presidente.

Entre os indícios de superfaturamento, consta o fato de a obra do Anexo ter sido orçado em R$ 8 milhões. No entanto, para que a construtora Cedro ganhasse a licitação, ela concedeu desconto e o valor baixou para R$ 6,8 milhões. A Câmara já pagou R$ 6,4 milhões. No início deste ano, a construtora passou a exigir aditivo de 25% no valor do contrato. “Enquanto o Legislativo já pagou 95%, foi realizado até o momento 60% da obra”, diz.

Já o relator da CPI, Isaac Antunes (PR), pedirá para que o ex-presidente da Câmara explique porque assinou um atestado de capacidade técnica em folha timbrada da Prefeitura. Esse documento deveria ter sido elaborado pela Secretaria de Obras e não pelo ex-vereador.