Prefeitura pede bloqueio de bens de 26 investigados

16/04/2017 17:56:00

Pedido inclui nove ex-vereadores, três ex-secretários e a ex-prefeita Dárcy Vera

Prefeitura quer que os bens dos acusados sejam utilizados para ressarcir os cofres públicos (Foto: Mastrangelo Reino / A Cidade - 03.nov.2016)

 

O prefeito Duarte Nogueira (PSDB) pediu, na Justiça, o “reforço” do bloqueio de bens de 26 pessoas denunciadas pelo Ministério Público (MP) na Operação Sevandija – entre elas, nove ex-vereadores, três ex-secretários do Palácio Rio Branco e também a ex-prefeita Dárcy Vera (PSD).

A prefeitura quer, caso os réus sejam condenados criminalmente nas denúncias feitas pelo MP, que os bens dos acusados sejam utilizados para ressarcir os cofres públicos.

Nogueira, no pedido encaminhado ao Judiciário com sua assinatura e de dois procuradores municipais, acusa os réus de “uniram-se entre si, com o fim de praticar atos criminosos e ímprobos contra a Administração Pública Municipal, gerando enriquecimento ilícito, lesão ao erário e ofensa aos princípios da moralidade, legalidade, publicidade”.

A ação foi distribuída na 1ª Vara da Fazenda Pública em 7 de abril deste ano, antes das delações da Odebrecht virem à tona, na quarta-feira passada (12), com três ex-executivos acusando o tucano de receber caixa 2 na campanha de 2010 para deputado federal – ele nega irregularidades.

Nogueira diz que os ex-secretários de Administração, Marco Antonio dos Santos, Casa Civil, Layr Luchesi, e Educação, Ângelo Invernizzi Lopes, agiram para “desviar, em proveito próprio e alheio, dinheiro dos cofres públicos, pagar e receber ‘propina’, e ao mesmo tempo, promover a corrupção de vereadores municipais, a fim de garantir o apoio político e o voto desses edis para a aprovação dos principais projetos de lei e assuntos de interesse do grupo criminoso”, no contexto das terceirizações com a empresa Atmosphera.

Parte dos réus, explica a prefeitura, já estão com os bens bloqueados a pedido do Ministério Público.

O Palácio Rio Branco, no pedido, citou apenas os fatos envolvendo a Atmosphera e os honorários advocatícios de Zuely Librandi, deixando de apontar a corrupção envolvendo o Daerp no contrato de R$ 83,7 milhões com a empresa Aegea.

Veja, abaixo, a relação das pessoas alvo da ação de indisponibilidade de bens movida pelo Palácio Rio Branco. Com exceção de Wagner Rodrigues, que assinou termo de colaboração premiada, todos negam a prática de ilegalidades.

- Dárcy da Silva Vera - ex-prefeita
- Evaldo Mendonça da Silva (Giló) - ex-vereador
- André Soares Hentz – advogado
- Walter Gomes de Oliveira - ex-vereador
- Cicero Gomes da Silva - ex-vereador
- Antonio Carlos Capela Novas - ex-vereador
- Genivaldo Gomes ex-vereador
- Maurilio Sanches Romano Machado ex-vereador
- Samuel Antonio Zanferdini ex-vereador
- José Carlos de Oliveira (Bebé) ex-vereador
- Saulo Rodrigues da Silva - ex-vereador
- Marcelo Plastino (espólio)
- Paulo Roberto de Abreu Júnior - sócio de Marcelo Plastino na Atmosphera
- Alexandra Ferreira Martins – namorada de Marcelo Plastino
- Wagner de Souza Rodrigues - ex-presidente do Sindicato dos Servidores
- Vanilza da Silva Daniel - funcionária da Coderp
- Marco Antonio dos Santos Réu (preso) - ex-Secretário de Administração e ex-superintendente da Coderp
- Layr Luchesi Junior - ex-secretário da Casa Civil
- Ângelo Invernizzi Lopes - ex-secretário de Educação
- Davi Mansur Cury - ex-superintendente da Coderp
- Maria Lúcia Pandolfo - ex-funcionária da Coderp
- Maria Zuely Alves Librandi - ex-advogada do Sindicato
- Sandro Rovani Silveira Neto Réu (preso) - advogado
- Jonson Dias Correa – proprietário da MSTech
- Simone Aparecida Cicillini - mulher de Jonson Dias Correa
- Uesley Silva Medeiros - advogado da Atmosphera



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