Nogueira anuncia ações para ressarcir prejuízos

04/03/2017 11:30:00

Prefeito de Ribeirão Preto quer que os bens bloqueados pela Justiça sejam leiloados para reaver os desvios de R$ 200 milhões

Gabriela Virdes
Prefeito Duarte Nogueira disse que a prefeitura vai agilizar as ações para recuperar o prejuízo (Foto: Gabriela Virdes)

 

Na tentativa de recuperar os valores desviados dos cofres públicos, o prefeito Duarte Nogueira se reuniu com os promotores do Gaeco, na tarde de sexta-feira (3), para formalizar pedido de compartilhamento dos inquéritos já concluídos da Polícia Federal, no que diz respeito às ações da Sevandija, seus envolvidos e os bens desviados.

Na reunião o Gaeco ressaltou que, além das ações criminais, uma ação civil pública poderia ressarcir em até três vezes o valor total desviado, que ultrapassa R$ 200 milhões.

“Medida que pode ser solicitada somente perante o juízo cível, reforçando a segurança para futuro e eventual ressarcimento dos danos”, afirma em nota.

Para Nogueira, a reunião foi bastante produtiva. “E, a partir de agora, os secretários de Negócios Jurídicos e da Administração, de posse das informações que temos da própria Prefeitura, vamos agilizar as ações para devolução dos bens desviados”, diz.

O secretário da Administração Angelo Pessini Junior reforça a fala do prefeito: “Saímos muito satisfeitos da reunião, pois tivemos vários elementos para atuar paralelamente ao Ministério Público para tentar recuperar todo esse dano que foi ocasionado por esses atos de corrupção decorrentes da Operação Sevandija.”

Para Pessini, algumas medidas são urgentes. “Como, por exemplo, a alienação de veículos, de bens imóveis, para que tão logo possa ser vendido e o dinheiro vir para os cofres municipais”, comenta.

Destino

O prefeito Duarte Nogueira explica que, se conseguir reaver os valores desviados dos cofres públicos, o montante já tem destino certo. “O dinheiro será usado para pagar as dívidas do município e recuperar a capacidade de investimento para melhorar o aspecto da qualidade de vida, saúde, educação, zeladoria e pavimentação de ruas.”

MP promete ajudar

Após a reunião, os promotores do Gaeco se comprometeram a disponibilizar - o mais rápido possível - os elementos de prova à prefeitura, apontando a necessidade de adoção de medidas céleres na esfera civil. “O Gaeco considera ser a Prefeitura a principal interessada na recomposição do prejuízo ao erário, por ser a final destinatária dos valores bloqueados e bens apreendidos em caso de condenações”, frisa em nota.



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