Eleitores deixam para votar na última hora em Ribeirão Preto

26/10/2014 18:25:00

Weber Sian / A Cidade
A doméstica Senhorinha Sena deixou o churrasco para votar (Foto: Weber Sian / A Cidade)

Às 17h05 deste domingo (26), a doméstica Senhorinha Sena Soares chegou ao Colégio Otoniel Mota para votar, na região central de Ribeirão Preto. Com o capacete na mão, ela empurrou o portão que estava encostado perguntando: “Fechou?”

Saiu correndo para sua seção e chegou a ser questionada pela mesária como havia conseguido entrar. Eufórica, voltou aliviada.

“Estávamos fazendo churrasco em casa e toda hora dizíamos que precisávamos sair para votar, mas o tempo foi passando e quando vi já era quase cinco horas”, conta.

Moradora do Jardim Paiva, ela contou que faltou combustível no carro quando estava saindo e foi preciso pegar carona de moto com o filho.

“Gastamos cerca de dez minutos para chegar ao Centro”, revelou Senhorinha.

Os noivos Anderson Arthur Marabin e Thaís Padovani também deixaram para votar na última hora. Entraram poucos minutos antes de encerrar a votação.

“Foi má organização do dia. Tenho certeza do meu candidato e fiz até campanha”, disse o publicitário.

Já Thaís não estava tão firme na decisão. “A vontade era de não votar, mas escolhi o Aécio porque é mais saudável para a democracia a alternância de poder”, justificou.

Weber Sian / A Cidade
Com lesão na coluna, Nivaldo Matos, de 79 anos, precisou ser transportado até a seção (Foto: Weber Sian / A Cidade)

Em uma cadeira de rodas por conta de uma vértebra quebrada, Nivaldo Alves de Matos, de 79 anos, chegou tarde para votar.

Como sua seção era no piso superior, foram necessários quatro homens para transportá-lo. Mesmo não sendo obrigatório, ele fez questão de dar o seu voto.

“É meu dever cívico. Votar é fundamental para o brasileiro”, declarou.

O administrador de empresas Bernardo Biagi foi um dos voluntários no transporte de seu Nivaldo. “Vi o filho dele com dificuldade e por solidariedade resolvi ajudar”, falou.

“É emocionante ver um senhor com dificuldade querer tanto votar. Tem gente que não faz questão e prefere viajar”, comentou a mulher de Bernardo, Neusa Maria Biagi. 



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