Eleição da Mesa apimenta o bastidor da Câmara de Ribeirão Preto

16/10/2018 07:33:00

Pelo que o A Cidade apurou, são seis candidatos - dois pela base governista e quatro no bloco de oposição

Câmara Municipal de Ribeirão Preto (foto: Weber Sian / A Cidade) 

Estamos em período eleitoral, mas a disputa que movimenta a Câmara Municipal de Ribeirão Preto é outra. O foco é quem vai ocupar as cinco vagas na Mesa Diretora de 2019. Pelo que o A Cidade apurou, são seis candidatos - dois pela base governista e quatro no bloco de oposição.  

Pelo cenário traçado nos bastidores, o bloco de oposição tem ampla maioria, com 16 dos 27 vereadores. Na última disputa, em dezembro de 2017, o atual presidente, Igor Oliveira (MDB), da oposição, venceu Boni (Rede), da base, por 15 a 12. Esse 16º voto em 2018 é porque o vereador Paulo Modas (Pros) teria migrado para oposição.

Seis nomes  

Entre os seis nomes que já iniciaram as negociações por votos, cinco confirmam a intenção de concorrer. A única exceção é Rodrigo Simões (PDT), que disse ao A Cidade que decidiu apoiar Marcos Papa (Rede). Ele, no entanto, não crava que está fora do páreo.  

Papa disse ontem ao A Cidade que iria iniciar os telefonemas para tentar obter mais votos para a disputa. Papa e Rodrigo integram a base governista.  

Lincoln Fernandes (PDT) e Fabiano Guimarães (DEM) são os candidatos que tem a campanha mais adiantada. Fabiano já tem pronto um Plano de Gestão para 2019. No grupo de oposição, ainda pleiteam a presidência Alessandro Maraca (MDB) e Jean Corauci (PDT).  

Esses dois últimos apostam na rejeição que Lincoln e Fabiano têm dentro da oposição para conseguirem emplacar as respectivas candidaturas. 

Candidatos, de acordo com os bastidores 

BASE 

- Marcos Papa (Rede)  

Papa adimite ser candidato, mas diz que começou agora a pedir votos para a disputa. "Quero continuar o bom trabalho da atual legislatura. Acho que tem condições de acrescentar bastante em relação ao que estamos fazendo na Casa de Leis", disse Papa. 

- Rodrigo Simões (PDT)  

Rodrigo Simões (PDT), que foi presidente no primeiro ano da atual legislatura (2017), não confirmou ao A Cidade que é candidato. Mas vereadores membros do mesmo grupo de Rodrigo confirmaram que ele já pediu votos. Oficialmente Rodrigo diz que apoia o Papa. 

OPOSIÇÃO 

- Lincoln Fernandes (PDT)  

Lincoln foi o primeiro do grupo de oposição a se colocar como candidato ainda no mês passado. "Em dois anos de legislatura e atualmente como primeiro secretário, adquiri experiência sufuciente para ocupar o cargo", disse Lincoln. 

- Fabiano Guimarães (DEM)  

Fabiano já está em campo buscando votos. O democrata já tem pronto, inclusive, um Plano de Gestão para colocar em prática em 2019. "Quero criar um departamento de inteligência na Câmara com todos os dados municipais", falou Fabiano. 

- Maraca (MDB)  

Maraca, assim como Jean, disse ter interesse na presidência na semana passada. "Já estamos com dois anos de legislatura e creio ter experiência para o cargo. Meu nome seria uma forma de agregar todos os vereadores", disse Maraca. 

- Jean Corauci (PDT)  

Jean, assim como Maraca, avisou os colegas do bloco de oposição na semana passada que teria interesse na presidência. "Sou candidato sim. Quero seguir desenvolvendo o trabalho que a atual legislatura está fazendo", falou Jean. 

Data antecipada para dar mais tempo ao eleito  

A eleição da Mesa Diretora que vai comandar a Câmara de Ribeirão Preto em 2019 já tem data: 29 de novembro. A escolha no penúltimo mês do ano é uma novidade. A alteração foi feita em abril e a ideia é dar mais tempo para o presidente eleito tomar conhecimento de como tudo funciona. 

A ideia surgiu do atual presidente, Igor Oliveira (MDB), que foi eleito em 15 de dezembro de 2017 e teve apenas 15 dias, entre as festas de Natal e Ano Novo, para aprender como funcionava o Legislativo. "É pouco tempo para levantar todas as informações", disse Igor, na época da mudança.  

Sobre a eleição do dia 29 de novembro, o atual presidente disse que só concorreria à reeleição se o nome dele fosse consenso dentro do grupo de opoisção. "Vou respeitar a decisão do grupo. O que decidirem eu aceito", disse Igor, que é o vereador mais votado da atual legislatura.



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