Coordenador do HC, afirma que o colega Lucas Pires recebeu vários tipos de terapias, mas não resistiu
Morreu neste final de semana, em Maringá (PR), o médico Lucas Augusto Pires, de 32 anos, vítima de Covid-19. O neurocirurgião fez parte da equipe médica que realizou a separação das irmãs siamesas Maria Ysabelle e Maria Ysadora, em 2018.
Pires é o segundo profissional de saúde que fez parte do processo de separação das siamesas, que morre por complicações do novo coronavírus. No mês de março, o médico norte-americano James Goodrich, também morreu em função de complicações da doença, em Nova Iorque, nos EUA.
O médico Coordenador da unidade de emergência do HC, Lucas Agra, que também precisou ser internado por ter contraído a Covid-19, lamentou a morte do colega e lembra que ele foi infectado enquanto salvava outras vidas dentro do hospital.
- Lucas foi um colega nosso, egresso aqui da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. Ele fez residência em neurocirurgia, uma pessoa muito querida, muito amável, que acabou se contaminando fazendo o que amava - disse.
Tratamento com cloroquina:
Segundo Agra, em depoimento à EPTV Ribeirão, o colega recebeu toda a assistência médica disponível para reverter o quadro, inclusive usando tratamentos alternativos e que não têm eficiência comprovada como a cloroquina:
- Ele recebeu até a cloroquina de forma precoce, apesar de haver uma grande discordância, não há evidencias cientificas de que ela funcione (...) infelizmente mesmo recebendo várias outras, até medicações experimentais e recebemos suporte maravilhoso da equipe do hospital de Maringá, e até uma supervisão indireta, auxilio de colegas médicos tentando auxiliar no caso, mesmo assim infelizmente a gente não conseguiu ter o que a gente esperava - informou.