Jovem quando foi preso pela polícia, no dia 6 de julho de 2016 (Claudio Dias/Arquivo)

O Tribunal do Júri de Araraquara condenou a 10 anos de prisão, o entregador de confeitos, Patrick Francisco Monteiro, de 21 anos, acusado de matar com duas facadas o namorado da mãe, Éder Otaviano, 34, em frente a casa da família, na Avenida Matão, no Jardim América. O crime foi no dia 26 de junho de 2016. Ele, que está preso desde o dia 7 de julho daquele ano, manteve em plenário a mesma versão dita à polícia: “Não queria matar ele, foi sem querer”.

A Promotoria havia pedido alguns agravantes da pena, as chamadas qualificadoras para o crime de homicídio simples, mas os jurados do Conselho de Sentença entenderam que não era o caso. A condenação de 10 anos, por fim, acabou aceita por defesa e acusação que nem irão recorrer em segunda instância. Patrick está preso na Penitenciária de Araraquara. Na época, ao ser detido pela polícia na casa de uma amiga no Selmi Dei, ele contou sua versão.

Ele morava em Araraquara há um ano e meio. Mudou-se para a casa da mãe depois de passar a vida toda com o pai, em Goioerê, cidade com 30 mil habitantes no interior do Paraná. Lá, deixou uma filha pequena. Nunca havia sido preso. À reportagem, na ocasião, admitiu que tudo aconteceu muito rápido. A mãe já tinha sido agredida e ameaçada pelo então namorado, que trabalhava com montagem de som. Ele tinha problemas com o consumo da bebida.

No dia do crime, Eder bebeu, a mãe dele pegou o celular e viu a mensagem de outra mulher e desconfiou de uma traição. Na versão dele, ela saiu correndo com o aparelho para fora da casa e, de dentro da residência, Patrick escutou gritos. Ao sair viu a mãe sendo agarrada pelo pescoço. O jovem e Eder Otaviano discutiram. Na versão dele, o namorado da mãe pegou um objeto no chão e o ameaçou, talvez, um cano de ferro. Essas informações não ficaram comprovadas nos autos. 

O jovem entrou na casa e, logo em seguida, voltou com uma faca. Houve novas agressões contra a até que aquela discussão terminasse em tragédia. “Mandei ele parar, mas ele veio para cima. Não queria matar ele, foi sem querer”, conta o rapaz sentando quando preso. Eder foi ferido na barriga e na perna. Foi socorrido em estado grave pelo Samu à Santa Casa, mas não resistiu aos ferimentos. O jovem se escondeu por uns dias e acabou preso. Condenado, só foi a julgamento por apelar para um advogado cedido pelo Estado.