Ex-policial civil enfrenta hoje novo júri popular em Ribeirão Preto

21/02/2018 09:00:00

Ricardo Guimarães, já condenado a 120 anos de prisão, será julgado pela morte da dona de casa Tatiana Assuzena



Ricardo José Guimarães vai nesta quarta-feira (21) a mais um julgamento (Foto: Matheus Urenha / A Cidade)
 

O ex-investigador Ricardo José Guimarães, acusado de integrar um grupo de extermínio em Ribeirão Preto, vai a júri popular nesta quarta-feira (21) pela morte da dona de casa Tatiana Assuzena.  O julgamento popular está previsto para ter início às 10h. 

Além de Guimarães, o ex-investigador Rodrigo Cansian e Karina Modesto, que aguardavam o julgamento em liberdade, também serão jugados pelo crime. Os três serão julgados pelos crimes de tentativa de homicídio, homicídio duplamente e constrangimento ilegal, segundo o promotor  José Gaspar Figueiredo Menna Barreto, responsável pela acusação do caso. O promotor pede a condenação máxima para os três.    

Tatiana foi morta na frente do filho, aos 24 anos, nos Campos Elíseos em 24 de março de 2004. Segundo o Ministério Público, o alvo de Guimarães seria o noivo de Tatiana, Almir Rogério da Silva, um antigo desafeto. A mulher pode ter sido morta por engano ou vingança.

Guilherme Eli Assuzena, filho de Tatiana Aparecida Assuzena, afirmou ao ACidade ON estar ansioso para saber qual será o encerramento da história. "É a primeira vez que vou poder ver o Guimarães cara a cara. Vou ficar mais contente quando souber que ele foi condenado".  

O eletricista de veículos de 21 anos, que irá depor nesta quarta, conta que se lembra com detalhes da cena que viveu há 14 anos. "Estava dormindo em um colchão no chão ao lado dela. Acordei com ela gritando para eu ir ao banheiro, foi na hora que teve o disparo", relembra o jovem.  

Terceiro julgamento 

Esse é o terceiro julgamento por júri popular que Guimarães enfrenta em sete meses. Nos dois primeiros julgamentos ele foi condenado à pena de 120 anos de prisão. 

Em julho passado, o ex-investigador foi condenado à 72 anos de prisão pelas mortes dos adolescentes Enoch de Oliveira Moura, 18 anos, e Anderson Luís de Souza, 15, ocorridas em maio de 1996.  Já no último mês de dezembro de 2017, o ex-policial foi condenado a 48 anos de prisão pelos assassinatos e ocultação de cadáveres de dois ex-policiais civis, ocorridos em julho de 2005 no Uruguai. 

Outro lado 

Procurado, o advogado do ex-policial, Cezar Augusto Moreira, não retornou as ligações e mensagens da reportagem.



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