'Família sabia que ele tinha inimigos', diz cunhada de PM morto

22/06/2017 12:47:00

Cabo Roberto Pereira Abramovicius foi morto a tiros nesta quarta-feira (21), na zona Norte da cidade

Reprodução / WhatsApp
O soldado Roberto Pereira Abramovícius, 38 anos, foi morto na manhã desta quarta-feira (21) (Foto: Reprodução/WhatsApp)

 

A cunhada do PM Roberto Pereira Abramovicius, 38 anos, o Brama, morto a tiros nesta quarta-feira (21), em Ribeirão Preto, disse que a família sabia que o policial tinha inimigos, mas que desconhece ameaças contra ele.

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“No trabalho ele era profissional e pagou um preço muito caro. A família sabia que ele tinha inimigos, mas nunca soubemos sobre ameaças”, afirmou Alexandra Abramovicius, 47 anos, após o enterro do cunhado na manhã desta quinta-feira (22).

A cunhada disse que a família sempre aconselhou Abramovicius a deixar a profissão de policial militar e que faltavam dois anos para a aposentadoria dele – Brama estava na corporação há 19 anos.

“Sabemos que ele era um policial muito ativo, via muitas coisas ruins, como famílias sendo prejudicadas pelo tráfico de drogas, e era muito visado pelo crime. Sabia que existiam muitas pessoas que não queriam a presença dele naquele lugar”, conta a cunhada.


Comoção

Alexandra contou que a mãe de Abramovicius, dona Sueli, está inconsolável após o crime.

“Era um filho muito bom. Um policial militar 24 horas por dia e não tinha medo de bandido. Pagou um preço muito grande, mas tenho certeza de que ele está satisfeito", diz. "E a sociedade também devia pensar nisso: hoje enterramos um verdadeiro profissional, que estava na rua para defender as pessoas de bem. Que sirva de lição: ele cumpriu a missão dele”, declarou.

Sobre o jovem suspeito de matar Brama, Alexandra declarou que acredita que ele tenha executado o crime a mando de outras pessoas. “O jovem, com certeza, foi convidado a fazer essa tarefa. Foi um troféu derrubar o Abramovicius.”

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A família do policial acompanha as investigações e pede que o crime seja esclarecido.

“Pena que os mandantes nunca são presos. Sempre são pegos os menores, que são aliciados. A mãe desse menino [o suspeito do crime] deve estar muito apreensiva sabendo que o filho dela está com a cabeça a prêmio”, opina.

Ricardo Canaveze/ACidade ON
Enterro do PM morto no Ipiranga, em Ribeirão Preto (Foto: Ricardo Canaveze/ACidade ON)

 

Enterro

O corpo de Brama foi sepultado no túmulo da família no Cemitério da Saudade, na manhã desta quinta-feira (22). No local, também estão avós e o pai do policial. Na família, o irmão de Brama e um tio também são PMs.

Abramovicius era casado e deixou dois filhos – um deles recém-nascido.



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