Cinco policiais são presos por corrupção e organização criminosa

26/04/2017 08:48:00

Eles tiveram prisão temporária de cinco dias decretada pela Justiça de Serrana e foram detidos na Dise

Renato Lopes / Especial
Os cinco policiais civis da Dise de Sertãozinho foram levados ao presídio na Capital (foto: Renato Lopes / Especial)

 

Uma operação conjunta deflagrada pela Corregedoria da Polícia Civil e pelo Deinter-3 (Departamento de Polícia Judiciária do Interior) prendeu cinco policiais civis da Dise (Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes) de Sertãozinho, ao meio-dia de ontem (25). Eles são acusados de associação criminosa e corrupção.

A prisão temporária de cinco dias foi decretada pela Justiça de Serrana. Os policiais - cujos nomes não foram divulgados pela Corregedoria - foram detidos enquanto trabalhavam na delegacia especializada.
Eles foram levados no início da tarde à 3ª Corregedoria Auxiliar da Polícia Civil, em Ribeirão Preto, onde até o fechamento desta edição ainda prestavam depoimento e depois seriam transferidos para o Presídio Especial da Polícia Civil, em São Paulo.

A delegada Ana Cristina Nucci Pirondi não forneceu detalhes da prisão, alegando que a investigação corre sob segredo de Justiça. “Qualquer informação vai atrapalhar as investigações”, afirmou. A Cidade apurou, entretanto, que os presos estariam envolvidos num suposto desvio de carga de cigarros.

“Tomaram a carga irregular de cigarro de uma pessoa e depois teriam cobrado para devolver”, informou um policial. Após as prisões, teriam permanecido na Dise de Sertãozinho somente um delegado e um investigador.

Investigação

As investigações contra os policiais tramitam em sigilo na Corregedoria da Polícia Civil. Ontem à tarde, a movimentação foi intensa na delegacia instalada no Boulevard (zona Sul).

Além da entrada e saída de investigadores e delegados, houve fluxo de advogados e de familiares dos acusados. O desvio de carga de cigarro já levou o ex-delegado de Jardinópolis, Renato Savério, à prisão e condenação a 11 anos de cadeia.

Advogado esperava inquérito

O advogado que defende quatro policiais presos, Ivan Rafael Bueno, informou ontem à tarde que ainda não havia tido acesso ao inquérito policial que levou à prisão temporária dos seus clientes. “Só me manifestarei após ter acesso ao inquérito”. à noite, A Cidade tentou contato com o advogado para checar que medida ele tomaria, mas o telefone estava na caixa postal. A reportagem deixou recado, mas não recebeu retorno.

Renato Lopes / Especial
A delegada Ana Cristina Pirondi não forneceu detalhes (foto: Renato Lopes / Especial)


 



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