Casal é preso suspeito de tentar comprar bebê por até R$ 80 mil

15/10/2018 21:42:00

Mãe do bebê chegou a ser trazida do Piauí ainda durante a gestação; bebê foi entregue a um abrigo

Bebê foi entregue a um abrigo da cidade para ser adotado legalmente (Foto: Reprodução / EPTV)


Um casal de Guaíra foi preso suspeito de tentar comprar uma criança recém-nascida do Estado do Piauí. Segundo a Polícia Civil, a negociação teria começado com valor entre R$ 40 mil e R$ 80 mil, mas que teria sido fechado por cerca de R$ 30 mil. Essa quantia ainda é investigada.  

A identidade do casal não foi divulgada, pois o caso segue sob sigilo. Segundo a Polícia Civil, a tentativa de adoção ilegal foi descoberta após uma denúncia anônima. O delegado Rodrigo Ferreira relatou à EPTV que o contato entre a suspeita e a grávida começou na internet.  

"O que nos foi passado é que através de sites de troca de conhecimento entre gestantes, essa mulher entrou em contato com a outra [a grávida] e a trouxe pagando todas essas despesas para ela vir até a cidade para concretizar a adoção".  

A polícia, porém, segue investigando que tipo de pagamento foi feito para a grávida. Apesar de ainda não ter sido encontrado testemunhas que confirme o pagamento de dinheiro vivo, Rodrigo afirma que a grávida recebeu vantagens para fazer essa adoção.
"Quando ela veio para cá, começou a ter atendimento médico, a ter pré-natal que antes não tinha feito, ficou abrigada, começou a ganhar roupas, isso aí ficou demonstrado, testemunhas já narraram esse fato."  

A bebê nasceu há um mês na Santa Casa de Guaíra, porém não chegou a ir para casa com a suspeita. A criança foi levada para um abrigo, onde ficará até ser adotada legalmente.  

Eles foram presos em casa, no Centro, e responderão por tráfico de pessoas. "Para fins de adoção ilegal utilizando dessa vantagem econômica que ela tinha com relação a gestante", diz o delegado. (Com EPTV)   

Cerca de R$ 30 mil  

É o valor que a polícia suspeita que foi pago para a grávida. "Está sendo investigado para que seja comprovado que houve mesmo o pagamento. O valor inicialmente foi de R$ 40 a R$ 80 mil, agora através de investigações, tem se chegado que o valor pode ter sido um pouco menor, até R$ 30 mil, só que isso ainda tá pendente de verificação", afirma. A EPTV não conseguiu entrar em contato com os advogados do casal. 

Delegado Rodrigo Ferreira segue investigando se pagamento foi feito (Foto: Reprodução / EPTV)

Casal já havia tentado adotar legalmente  

O delegado relatou que o casal já havia tentado anteriormente a adoção legal. "Ela não conseguiu concretizar essa adoção. Foi onde ela se viu frustrada e tentou um meio ilegal".  

Rodrigo diz que para o procedimento legal ser efetivado, a pessoa tem que mostrar perante os órgãos legais possuir condição física, financeira e psicológica de adotar. "Ao ser verificado que um desses critérios não foi preenchido, a adoção não é efetivada e ela perde essa possibilidade."  

Para o comerciante Wilson Carvalho, os presos eram bons vizinhos. "Eu me lembro das duas crianças [do processo legal de adoção] e nunca a vi maltratá-las, mas não sei de nada". Sobre a compra do bebê, Wilson diz ter ficado surpreso. "Ela falou que tinham pagado, mas que era barriga de aluguel." (Com EPTV)



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