Um golpe aplicado pelo WhatsApp causou prejuízo de R$ 1,28 mil a familiares da pet sitter Ana Cláudia Frigo Trovatto, 43 anos. Golpistas usaram o perfil dela na rede social para pedir dinheiro a parentes e amigos. O cunhado dela, um piloto de São Paulo, caiu na cilada e efetuou o depósito na conta do criminoso.  

O prejuízo, no entanto, pode ser maior porque, pelo que Ana Cláudia apurou, os golpistas entraram em contato com vários contatos do perfil dela. Os golpes teriam começado a ser aplicados por volta das 13h30 desta segunda-feira, na mesma hora em que a vítima estava em uma loja tentando ver o motivo do bloqueio de seu celular, que ficou mudo de uma hora para outra.  

O marido da pet sitter foi o primeiro a ser procurado pelo golpista. "Usando o meu perfil, ele chamou o marido e perguntou se ele podia falar naquela hora. Como ele estava ocupado não respondeu. Somente à tarde, quando já estávamos juntos, ele me perguntou se eu o tinha chamado pelo WhatsApp", conta Ana Cláudia.  

Ao receber a resposta negativa, o marido de Cláudia decidiu dar trela ao interlocutor para confirmar se estavam usando o perfil da mulher. Não demorou muito para que o golpista chegar ao ponto desejado. "Se passando por mim, dizia que precisava pagar uma conta, mas estava sem o limite necessário. Pediu então que meu marido fizesse o depósito de R$ 1,1 mil na conta." 

Ana Cláudia diz que o marido pediu os dados e o golpista passou. O valor deveria ser depositado numa conta do Itaú, em nome de Rafael Braz Penha , agência 1592, conta corrente 00825-2.  

Imediatamente, a pet sitter entrou na internet e registro o boletim de ocorrência eletrônico e passou a avisar todos seus contatos de que golpistas estariam usando o perfil para pedir dinheiro. Já no início da noite, recebeu retorno do cunhado Bruno, um piloto que trabalha na Capital, informando que já havia feito o depósito de R$ 1.280 que ela havia pedido.  

"Eu não sei como ele não desconfiou do fato de depositar o dinheiro na conta de uma pessoa com outro nome", disse a mulher.  

Amigos
Ana Cláudia afirma que assim que enviou mensagens aos amigos alertando sobre o golpe recebeu o retorno de uma amiga, a jornalista Juliana Barbosa, de que naquele exato momento estava sendo assediada pelo criminoso. 

"Até receber o alerta da Ana Cláudia eu nem desconfiava de que fosse um golpe, porque a pessoa sabia de detalhes pessoas da vida dela. Quando eu soube que era golpe, segui com a conversa até ele me pedir o dinheiro", afirma Juliana. 

A jornalista afirma que concordou em fazer o depósito e recebeu o mesmo nome e número de conta bancária informados ao marido da vítima. "Daí eu disse que faria o depósito desde que ele informasse o nome da minha filha. Daí ele sumiu, não respondeu mais", disse Juliana.  

Ana Cláudia afirma que copiou todas as conversas e guardou os dados do golpista para entregar à Polícia Civil para ajudar nas investigações. "Quero que meu caso sirva de alerta para todos", afirmou.
A Polícia Civil de Ribeirão Preto deverá investigar o golpe.