Justiça interroga estudante por agressão a professora em Sertãozinho

16/05/2018 22:07:00

Docente de escola estadual da cidade afirma ter sido agredida por aluna após pedir que ela tirasse seus fones de ouvido

Professora afirma que foi agredida por aluna de 13 anos na sala de aula (Foto: Reprodução / EPTV)

 

Uma estudante de 13 anos será interrogada pela Justiça nesta quinta-feira (17). Ela responde a processo no qual é acusada de ter agredido professora de uma escola estadual de Sertãozinho, em outubro de 2017.  

À EPTV, a professora contou que estava dando aula para uma turma do 6º ano da Escola Estadual Edith Silveira Dalmaso quando notou que a aluna usava fones de ouvido. A professora teria pedido que a adolescente tirasse o fone.  

"Ela falou: se você for mulher, vem tirar. Enquanto eu caminhei para a porta, para chamar a inspetora para que ela saísse, ela me pegou por trás, pelos cabelos e me jogou ao chão, com chutes e socos, até que veio a inspetora e o coordenador e nos separou", relata a vítima.  

A estudante foi expulsa da escola e a professora ficou afastada por dois meses para tratamento psicológico. Ela voltou a trabalhar e agora processa a adolescente por lesão corporal e ameaça.  

"Ela pode ter penas desde liberdade assistida e prestação de serviços à comunidade até uma advertência. Não sendo uma menor reincidente, dificilmente seria internada", afirma o juiz da Infância e Juventude de Sertãozinho, Hélio Ravagnani.  

A mãe da adolescente também será ouvida. Apesar de reprovar o comportamento da filha, ela tenta justificar a agressão. Segundo a mulher, um dia antes da ocorrência, já teria havido uma discussão entre a professora e a jovem. "No dia anterior a professora enfiou uma embalagem de salgadinho nas costas dela e arranhou. E no outro dia a discussão continuou. A professora a ofendeu e aí realmente ela investiu contra a professora. Desde já eu não aprovo isso. Ela não deveria de forma alguma ter tocado na professora, nem mesmo com palavras", diz a mãe da adolescente.  

A professora nega o xingamento e pede mais segurança nas escolas. "Hoje os jovens estão acostumados a resolver tudo pela violência e pela força. Eu ainda acredito no diálogo", conclui a mulher.  

A Diretoria Regional de Ensino de Sertãozinho informou à EPTV que deu todo o apoio à professora e que todas as medidas pedagógicas foram tomadas. (Com EPTV)



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