Justiça condena a 21 anos de prisão acusado de planejar morte de agente penitenciário

20/03/2018 17:51:00

Silvio Roberto Gonçalves foi condenado pela morte de Paulo César da Silva Souza, setembro de 2012 em um posto de combustíveis na zona Norte de Ribeirão Preto

Posto de combustíveis onde Paulo César da Silva Souza foi morto (Foto: Silva Jr. / Especial - 6.set.2012)
 

Silvio Roberto Gonçalves foi condenado a 21 anos de prisão em regime fechado pelo homicídio do agente penitenciário Paulo César da Silva Souza, ocorrido em setembro de 2012 em um posto de combustíveis na zona Leste de Ribeirão Preto.

A decisão foi decretada pela juíza Marta Rodrigues Maffeis Moreira, da 2ª Vara do Júri e das Execuções Criminais da Comarca de Ribeirão Preto. O julgamento foi realizado no dia 5 de março.

Na sentença, a juíza afirma que o ataque contra os agentes penitenciários foi organizado por uma facção criminosa que atua dentro e fora dos presídios. Silvio foi condenado por homicídio qualificado, tentativa de homicídio e formação de quadrilha e lhe foi negado o direito de recorrer da pena em liberdade.

Thiago Luis Tonasso Galvani também foi julgado, porém o júri o absolveu dos crimes de homicídio e tentativa de homicídio. Já pelo crime de formação de quadrilha, Thiago foi condenado a três anos de prisão em regime semiaberto.  

Como Thiago foi preso em 11 de setembro de 2012, foi determinada a expedição do alvará de soltura do réu, que foi colocado em liberdade em 8 de março.  

Segundo o promotor do caso, Marcus Túlio Nicolino, Silvio não apenas auxiliou no planejamento da ação criminosa, como também forneceu uma das armas usadas no crime.  

 "Já entrei com um recurso para aumentar a pena do Silvio e também contra a absolvição do Thiago pelo crime de homicídio, ele foi condenado pela formação de quadrilha. Pretendo também recorrer para que ele seja também submetido ao julgamento e condenado também como partícipe do assassinato do agente", comentou. 

A defesa também já entrou com um recurso para recorrer a decisão no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). 

Entenda o caso

Paulo, 42 anos, foi morto em setembro de 2012 com seis tiros em um posto de combustível no Jardim Interlagos, onde trabalhava como segurança nas horas de vagas. Um supervisor de 45 anos e um escriturário, de 47, que estavam no posto, também foram atingidos pelos disparos, mas sobreviveram. 

Além de Silvio e Thiago, Alisson Gabriel da Silva, Bruno Evair da Costa e Paulo Henrique Capriotto também foram presos pelo mesmo crime e condenados a 34, 28 e 29 anos de prisão, respectivamente.



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