Estudante leva quatro pontos após ser agredido a cadeirada em escola

25/05/2018 12:48:00

Briga, ocorrida no pátio de unidade da zona Oeste, teria tido início após aluno questionar o desaparecimento de seu estojo

Estudante sofreu fratura na cabeça e levou quatro pontos (Divulgação: Rede social) 

O sumiço de um estojo terminou com um estudante de 18 anos agredido a cadeiradas e socos por outros dois alunos na Escola Estadual Eugênia Vilhena de Morais, na Vila Virgínia, zona Oeste de Ribeirão Preto. O jovem, segundo a mãe, sofreu uma fratura na cabeça e precisou levar quatro pontos.
"Quase mataram o meu filho por causa disso", afirmou a mãe do jovem, a taxista E.C,., de 42 anos. Segundo ela, as agressões ocorreram depois de filho tirar satisfação com os colegas sobre o desaparecimento do objeto. 

O estudante, A.G.C.S, de 18 anos, teria sido agredido no pátio da escola, apesar de a discussão ter tido início dentro da dentro da sala de aula. 

Segundo a mulher, os dois rapazes, inicialmente, agrediram o filho com socos. Mas depois, um depois deu a cadeirada na cabeça do colega, que caiu no pátio. Mesmo no chão, a vítima teria continuado a ser espancada.  "O meu filho disse que teve uma hora em que teve uma ameaça de desmaio, e a visão ficou preta", disse.  

Outros alunos, que presenciaram a agressão, apartaram a briga e socorreram o estudante.   Segundo a mãe do estudante, a Ronda Escolar foi acionada e levou os dois rapazes acusados para a Diju  (Delegacia de Infância e Juventude). Os três jovens foram suspensos da escola.  

A vítima foi levada a Unidade Básica Distrital de Saúde da Vila Virginia, e depois foi encaminhada à Santa Casa de Misericórdia de Ribeirão, onde foi medicada e liberada.   

Segundo a mulher, o filho permanece com tontura e dores no corpo.  "Levei o meu filho para fazer exame no IML, fiz boletim de ocorrência", afirmou.  

A mulher disse que se os agressores continuarem na escola, não permitirá que o filho permaneça na unidade.  "Sabemos que não vai acontecer nada porque eles são menores", afirmou.  

Segundo a taxista, em conversa com a diretora, foi dito que a sala de aula está revoltada com os dois jovens acusados de agressão.  "A diretora disse que se eles frequentassem a aula, podia acontecer uma desgraça. Porque a sala está revoltada com o que fizeram com o meu filho".   
  

Mãe do estudante conta que filho ficou em observação na Santa Casa até às 23h de quarta (23) (Divulgação: Rede social)
Filho de ouro  

A mulher disse que o filho não causa trabalho e é uma pessoa tranquila. "Ele vai à igreja evangélica, é um garoto bom. Não bebe, não fuma e nem usa drogas", disse.  

Outro lado

A Diretoria Regional de Ensino de Ribeirão Preto lamentou o ocorrido na escola e informou que imediatamente as providências necessárias foram adotadas.  

 "O Samu foi acionado e encaminhou a vítima ao pronto-socorro. Os responsáveis pelos alunos foram acionados e compareceram à unidade escolar. O boletim de ocorrência foi registrado e a Polícia Civil investigará o caso.  Os alunos que cometeram a agressão foram suspensos por cinco dias e um Conselho foi convocado para definir as medidas disciplinares que serão adotadas", informou a pasta por nota. 

(Germano Neto com supervisão de Rita Magalhães)




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